A decisão de chumbar o Orçamento do Estado foi traçada ao longo dos últimos dias, com os partidos políticos a anunciarem o voto contra.
No Parlamento, o PS aplaudiu a proposta para o Orçamento do Estado para o próximo ano e foi o único partido na quarta-feira que votou a favor. As críticas fizeram-se ouvir e o voto contra determinou o chumbo do Orçamento.
A esquerda discutiu de forma acesa, a direita esteve praticamente "fora de jogo" e António Costa fez questão de lançar já um apelo ao eleitorado, pedindo uma "maioria reforçada".
Perante esta decisão, António Costa reforça que não tenciona demitir-se e abrem-se duas portas: ou o Executivo de António Costa reescreve o Orçamento e apresenta uma nova versão aos deputados ou o Parlamento é dissolvido pelo Presidente da República.
Se o Parlamento for dissolvido, os portugueses devem dirigir-se às urnas em janeiro e o Orçamento do Estado deverá ser apresentado em abril.
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