O juiz Mário Belo Morgado usou as redes sociais para reagir, criticamente, às declarações do procurador Albano Pinto que acusou o Governo de não investir o suficiente no DCIAP e no combate à corrupção. Para o secretário de Estado da Justiça, as declarações do diretor do DCIAP estão "em linha com os habituais queixumes de setores sindicais e de responsáveis por estruturas redundantes que consomem muitos recursos e produzem insuficientemente".
Albano Pinto queixou-se de o Governo só ter destinado um dos 270 milhões da bazuca europeia para a justiça ao DCIAP e lamentou ter falta de peritos informáticos e financeiros". Mário Morgado diz que não discute que "é necessário agilizar e melhorar o acesso das estruturas de investigação criminal aos vários tipos de perícias", mas argumenta que a lei portuguesa "não prevê um modelo de MP megalómano e hipertrofiado, a desempenhar as funções que cabem aos órgãos de polícia criminal".
Ou seja, para o governante, os meios para investigar têm de ser disponibilizados à polícia e não ao Ministério Público. "É isto, e apenas isto, que está em jogo e subjacente ao permanente frenesim mediático de certas figuras".
Contactado pelo Expresso, Mário Morgado não quis acrescentar nada ao que escreveu no Facebook.
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