Sociedade

“Squid Game”, um jogo rentável e polémico

23 outubro 2021 13:24

Marta Gonçalves

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

Hugo Franco

Hugo Franco

Jornalista

Na série, pessoas endividadas são selecionadas para participar em jogos. Quem perde, morre

O fenómeno da Netflix tem vários pontos de discussão: é um sucesso, é violento, mas será perigoso? A PSP sensibiliza pais para ferramenta de controlo parental e uma psicóloga aconselha a que o seu filho ou filha não a vejam

23 outubro 2021 13:24

Marta Gonçalves

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

Hugo Franco

Hugo Franco

Jornalista

A boneca gigante que dispara balas certeiras pelos olhos, as bolachas que se estilhaçam, as figuras de vermelho com o rosto negro, os rostos aterrorizados dos jogadores que usam um fato de treino verde. Todas estas são imagens já associadas a “Squid Game”, a série-fenómeno mais recente da Netflix. O argumento é simples: um grupo de pessoas endividadas é selecionado para participar numa série de jogos tradicionais; no final, há um vencedor, a quem são prometidos muitos milhões. O que é preciso fazer? Ganhar. O que acontece a quem perde? Morre.

Classificada para maiores de 16 anos, caracteriza-se pela extrema violência, e em Espanha e no Reino Unido as autoridades já foram chamadas a intervir em casos relacionados com a série: jovens que replicaram o conteúdo da série. De acordo com várias fontes ouvidas pelo Expresso, até agora não foram detetados casos de violência juvenil associados a “Squid Game” em Portugal, mas a polícia está alerta e a agir por prevenção: o departamento de operações da PSP está a trabalhar o dossiê ao nível da Escola Segura.“Vamos realizar ações nas escolas dirigidas aos pais e professores, para que saibam como utilizar as ferramentas de controlo parental que existem nos telemóveis e nas televisões”, adianta fonte oficial. Estão também a ser usadas as redes sociais para fazer chegar esta mensagem aos pais. “A violência nos ecrãs não irá desaparecer. É preciso saber filtrá-la, para que não chegue aos mais novos.”