Sociedade

“Se cem milhões de migrantes baterem à porta, líderes vão agir”

23 outubro 2021 10:14

Carla Tomás

Carla Tomás

Jornalista

d.r.

Runa Khan, júri do prémio Gulbenkian para a Humanidade

23 outubro 2021 10:14

Carla Tomás

Carla Tomás

Jornalista

Há 20 anos, fundou a Friendship Bangladesh, uma organização não-governamental dedicada ao “desenvolvimento integrado” que hoje tem cinco organizações internacionais na Europa. A empreendedora social bengali é uma das vozes em defesa dos mais desfavorecidos e dos migrantes climáticos no Fórum Económico Mundial. A também membro do júri do prémio Gulbenkian para a Humanidade defende que para enfrentar a crise climática “os líderes têm de tomar decisões em consciência com os princípios de solidariedade e de respeito pelo próximo”.

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade foi atribuído a Greta Thunberg em 2020. Como vê esta jovem ativista na luta das alterações climáticas?

Greta surgiu num momento em que era necessária uma voz forte. Outros como nós ou como Al Gore estamos nesta luta há mais de 20 anos. Ninguém pode pensar que sozinho é a solução. Temos de ter humildade e perceber que há muitos elementos importantes em jogo. Quando os ativistas falam, os media ecoam a mensagem e os decisores políticos têm de agir. Greta foi premiada porque era a voz do despertar de consciências. Precisamos de pessoas como ela que ao dizer que os políticos só falam blá-blá-blá, fazem abanar as pessoas.