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Crise energética em debate no Conselho Europeu: o que está em causa

Opinião de José Gomes Ferreira no Jornal das 7 da SIC Notícias.

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José Gomes Ferreira, da SIC, esclarece que no Conselho Europeu, em Bruxelas, em que está a ser debatida a crise energética, está em análise uma proposta do primeiro-ministro, António Costa, que é uma "espécie de compra feita por todos os países da Europa para melhores preços".

"A ideia já não é original. Tem sido usada nomeadamente na compra de vacinas. As instituições europeias substituem os Estados", diz.

"O poder de negociação com um grande vendedor é diminuto. São sobras de mercado para eles. Então, aplicam um valor por unidade marginal muito mais elevado do que seria se fosse feito uma negociação por grosso", adianta, acrescentando que as negociações são feitas "normalmente a médio prazo, de dois ou três anos".

No Jornal das 7 da SIC Notícias, acrescenta que as pessoas estão "assustadas com uma realidade que não se deveria transmitir diretamente aos preços finais ao consumidor".

José Gomes Ferreira admite a necessidade de um "grande debate nacional" para esclarecer as pessoas.

As soluções para resolver a escalada dos preços dos combustíveis

Existem dois planos de ação em cima da mesa para resolver, mesmo que temporariamente, a subida dos preços dos combusítiveis e do gás. Um deles está dependente da ação concertada dos países europeus, com a compra conjunta de combustível ou de gás, tal como se fez com as vacinas contra a covid-19.

A outra solução, segundo Pedro Sousa Carvalho, diretor do Jornal Eco, é uma intervenção a nível nacional com a baixa temporária de impostos. Em França e Espanha, discute-se a opção de oferecer descontos a quem está em situação mais vulnerável, por exemplo.

"Há outras coisas a serem debatidas a nível europeu, como aumentar o grau de penetração de energia renovável, aumentar as portas de entrada de gás na Europa para não ficarmos dependentes de países como a Turquia, Argélia ou Rússia (...). Outra solução em cima da mesa é alargar as interligações entre os países da Europa", apontou Pedro Sousa Carvalho.

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