24 setembro 2021 7:40
Jerónimo de Sousa fez campanha com mínimo histórico de contactos. Tudo vigiado e controlado. A prever o pior?
24 setembro 2021 7:40
Desta vez não houve abraços rua abaixo, beijos à entrada de lojas ou apertos de mão vigorosos do velho operário, capaz de espalhar simpatia, mesmo nos terrenos mais difíceis. Jerónimo de Sousa entrou na campanha autárquica com as palavras e os movimentos limitados, teve o mínimo possível de contactos diretos, falou sempre para os mesmos do costume, os militantes da primeira hora, agora e como sempre, nas primeiras filas dos comícios.
Os nomes variavam, mas as cenas de campanha repetiram-se ipsis verbis. Podia estar no programa um “contacto com a população”, uma “sessão pública” ou “um comício”, mas, na verdade, era sempre o mesmo. Jerónimo chegava, acompanhado de muito perto por dois seguranças e fazia o trajeto mais curto possível, entre o carro e o palco improvisado. O cenário de fundo era sempre o mesmo a rodar pelo país, a mesma banda sonora, as mesmas cadeiras, as mesmas bandeiras. Jerónimo entrava em cena com a mesma “saudação calorosa e fraterna” a arrancar cada discurso, que terminava com o mesmo “viva a CDU” de punho erguido para depois sair também sempre rapidamente, com os seguranças a afastar os adeptos e a deixar o mínimo possível de gente a tirar fotos e selfies com o “querido camarada”.