Incerteza quanto à evolução da pandemia e uma procura turística incipiente penalizam as empresas de aluguer de automóveis. Depois de grandes reduções das frotas no ano passado e também em 2021, defrontam-se agora a com escassez de veículos novos devido à falta de semicondutores
Muito dependente do turismo, o setor do aluguer de automóveis sofreu perdas de faturação da ordem dos 60% nos primeiro semestre face às registada em igual período de 2019. Para se adequarem à quebra da procura e aos avanços e recuos das medidas de confinamento, as empresas voltaram a encolher as frotas este ano, depois de cortes abruptos efetuados em 2020. Em junho a frota média apontava para cerca de 60% automóveis disponíveis face ao que acontecia há dois anos.
A entrar no pico da época alta que representa metade da faturação anual, os responsáveis do setor falam de uma “tempestade perfeita”. Por um lado, seria a altura de comprar mais automóveis para responder à procura, depois dos severos cortes praticados no ano passado, por outro a crise dos semicondutores adia no tempo a compra desses mesmos veículos.
Ninguém arrisca a fazer previsões como decorrerá o resto do ano, devido aos avanços e recuos da pandemia. Porém em certa regiões como nas ilhas a pressão da procura está neste momento a fazer subir os preços.
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