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Novo Banco teve lucro de 138 milhões de euros no primeiro semestre

Lucro compara com prejuízo de 555 milhões no primeiro semestre de 2020. Pela primeira vez em sete anos, o Novo Banco regista resultados positivos em dois trimestres consecutivos. Ganhos com operações financeiras, crescimento do negócio bancário, corte de custos e diminuição das imparidades suportam melhoria dos resultados.
2 Agosto 2021, 16h43

O Novo Banco registou um resultado líquido de 137,7 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, contra um prejuízo de 555 milhões no período homólogo, anunciou hoje a instituição liderada por António Ramalho, num comunicado divulgado no site da CMVM.

Segundo o Novo Banco, o resultado líquido positivo “evidencia a capacidade de geração de receitas e de geração de capital”.

A margem financeira teve um crescimento homólogo de 13,1%, enquanto o produto bancário aumentou 9,7% e o resultado operacional teve uma subida de 27,5% para 220,7 milhões de euros. Os serviços a clientes tiveram um crescimento de 3,1% para 135,5 milhões de euros, com as comissões a manterem-se estáveis (-0,5%) apesar da pandemia, destaca o banco.

Os resultados de operações financeiras foram positivos em 93,3 milhões de euros, contribuindo assim para os lucros do semestre. O Novo Banco explica os resultados positivos das operações financeiras com a evolução das taxas de juro de mercado durante a primeira metade do ano.

Por sua vez, os custos operacionais tiveram uma descida homóloga de 4,7%, para 204 milhões de euros, com os custos com pessoal a diminuírem 2,9% para 117,6 milhões de euros. Recorde-se que o banco concluiu uma reestruturação no final do ano passado.

O Novo Banco defende que estes números demonstram que, “para além do investimento no negócio e na transformação digital, o foco na otimização de custos e a implementação de melhorias ao nível da simplificação e otimização dos processos, traduzindo-se numa melhoria dos rácios de eficiência”. O rácio de eficiência cost to income manteve assim a tendência de melhoria, fechando o semestre em 48,1%, face a 55,3% há um ano.

O crédito a clientes teve uma descida de 0,4% para 23,5 mil milhões de euros, ao passo que os recursos de clientes tiveram uma subida de 3,7% face a 31 de dezembro de 2020, suportada num aumento dos depósitos de 782 milhões de euros (mais 3%).

Imparidades diminuem 74% face ao primeiro semestre de 2020

No primeiro semestre de 2021, o montante afeto a reforço de imparidades e provisões totalizou 89,2 milhões de euros (incluindo 35,2 milhões de euros em imparidades adicionais provocadas pela crise pandémica), o que representa uma descida de 74% face ao período homólogo de 2020. O custo do risco foi de 68 pontos base, valor que seria de 40 pontos base se excluídas as imparidades constituídas no semestre relacionadas com o atual contexto Covid-19.

O rácio de créditos não produtivos (NPL) desceu de 8,9% no final do ano passado para 7,3% em 30 de junho último, com o rácio de cobertura a subir de 74,1% para 78,4%.

O rácio de capital CET 1 do Novo Banco no final de junho situava-se em 10,9%, com o rácio de solvabilidade total nos 12,8% e o rácio de liquidez em 150%.

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