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Paulo Jorge Pereira: «Um dia vou escrever um livro com o título 'O golo que falta'»

Selecionador nacional assume que Portugal podia ter feito melhor, mas aponta à falta de apoio

• Foto: Reuters
Desapontado pelo adeus português aos Jogos Olímpicos, Paulo Jorge Pereira assumiu que a Seleção de andebol poderia ter feito bem melhor diante do Japão (derrota por 30-29), mas apontou o dedo à falta de investimento no desporto nacional, que no seu entender faz com que o nosso país esteja sempre atrás dos restantes a nível de preparação.

"Sentimento de frustração, um pouco triste. Ontem falava nisso em tom de brincadeira, mas um dia vou escrever um livro, que terá como título 'O golo que falta'. Nós, como sabem, em Portugal o desporto importa pouco. Organizamo-nos pouco para competir com equipas deste nível, que se preparam para estas competições. Aquilo que levo é um sentimento de tristeza, por sentir que podemos fazer mais do que isto, se qualificarmos mais as coisas. Só assim será possível. Faltou desde logo a questão da adaptação. Oito horas de diferença, só quem vive sabe disso. Quem vai de Espanha para Portugal e de Portugal para Espanha não sabe. Vivemos sempre em défice. Sabia que este jogo, desde o início, quando vi a sequência, que tê-lo às 9 da manhã, com o Japão, iria ser uma conficionante enorme. Por isso é que com a Suécia fizemos tudo para tentar pontuar. Até aí faltou o golo. Com esse golo já estávamos apurados. É continuar a fazer o que podemos fazer. Aquilo com que me sinto bem é que ao longo destes anos creio que conseguimos alertar toda a gente que Portugal pode fazer bem, mas é muito difícil com seleções que investem muito mais do que nós", disse o técnico, à RTP.

"Temos de fazer muito melhor do que isto. Sinto-me orgulhoso sempre, mas acho que nós enquanto equipa - e o nosso país - podemos fazer mais do que fazemos. Embora haja muita gente que trabalha muito todos os dias para poder trazer comida para a mesa. Mas há também muita gente que pode fazer mais e não faz. Muita gente! Por isso, uma palavra de apreço para aqueles que fazem tudo para que Portugal seja melhor todos os dias e nós, tendo de aprender sempre e melhorar como grupo e individuos, sinto que nos últimos três anos fizemos por isso
Por Record
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