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Pegasus. Macron muda de telefone e de número depois de suspeitas de espionagem

Pegasus. Macron muda de telefone e de número depois de suspeitas de espionagem
GONZALO FUENTES/REUTERS

De acordo com o gabinete do chefe de Estado francês, foi também ordenada uma revisão dos protocolos de segurança, no sentido de reforçar as medidas de cibersegurança nas comunicações de Emmanuel Macron

O Presidente da República francês, Emmanuel Macron, mudou de telefone de número de telefone depois de o seu número ter aparecido numa lista de pessoas que os serviços secretos de Marrocos pretendiam alegadamente vigiar recorrendo ao programa de espionagem Pegasus, da empresa israelita NSO Group.

De acordo com o gabinete do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron também ordenou uma revisão dos protocolos de segurança, no sentido de reforçar as medidas de cibersegurança nas suas comunicações, noticiaram vários meios de comunicação franceses.

Esta semana, o jornal “Le Monde” noticiou que os serviços secretos de Marrocos tinham a intenção de vigiar Macron e outros 14 ministros franceses, bem como Edouard Philippe, antigo primeiro-ministro, através do programa Pegasus. As autoridades marroquinas negaram ter usado o software e consideraram as alegações “falsas e infundadas”. Entretanto, apresentaram em França uma queixa por difamação contra o consórcio de jornalistas Forbidden Stories e a Amnistia Internacional, que revelaram a espionagem levada a cabo pela empresa israelita NSO Group.

O Pegasus tem por base um ‘spyware’ (espécie de vírus informático) que se instala em dispositivos iPhone e Android, e permite extrair mensagens, fotografias e e-mails. Também podem ser gravadas chamadas telefónicas, bem como ter acesso ao microfone e à câmara do telemóvel.

Não é claro se o programa chegou a ser instalado no telemóvel do Presidente francês, mas o seu nome faz parte de uma lista de 50 pessoas que tudo indica que terão sido alvo de clientes da NSO Group. Além dele, constam dessa lista o rei de Marrocos, Mohammed VI, o Presidente iraquiano, Barham Salih, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly.

Há ainda outros nomes, como o do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, o primeiro-ministro marroquino, Saad-Eddine El Ohtmani, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, o primeiro-ministro do Uganda, Ruhakana Rugunda, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel. Vários ativistas, jornalistas, políticos e empresários também aparecem na lista.

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