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Rui Rio acusa Cabrita de "mentir no Parlamento" sobre festejos do Sporting

Presidente do PSD diz que relatório da PSP mostra que MAI autorizou os festejos do final do campeonato de futebol.
Lusa 23 de Julho de 2021 às 21:32
Eduardo Cabrita
Eduardo Cabrita FOTO: CMTV
O presidente do PSD acusou esta sexta-feira o ministro da Administração Interna de "mentir aos portugueses e mentir no parlamento", alegando que o relatório da PSP mostra que Eduardo Cabrita autorizou os festejos do final do campeonato de futebol.

"O PSD entende que face ao que o ministro Eduardo Cabrita relativamente aos festejos do Sporting em que sacode a sua própria responsabilidade, depois vem um relatório que mostra que ele próprio autorizou os festejos do fim do campeonato nacional nos exatos termos em que eles decorreram, portanto, ele é obviamente responsável por aquilo que aconteceu", apontou Rui Rio.

E acrescentou que, "a partir daí, ele [ministro]foge a dar qualquer explicação" e, neste sentido, "o PSD propôs que fosse à comissão parlamentar para esclarecer esta situação e a sua própria responsabilidade até porque, acima de tudo, mentiu aos portugueses e mentiu ao Parlamento".

Rui Rio explicava assim aos jornalistas, em Tábua, à margem da cerimónia de apresentação do candidato à câmara local, do distrito de Coimbra, o porquê do partido que preside ter recorrido a "uma figura regimental que obriga o ministro a ir à comissão" uma vez que "o PS bloqueou através do seu voto" a presença de Eduardo Cabrita.

"Aquilo que espero, e acontecerá seguramente quando ele lá for, é um esclarecimento das circunstâncias, porque face àquilo que sai no relatório da PSP, o ministro terá de dar as suas justificações. Pode dizer que o que está no relatório é mentira, não sei, mas isso tem de ser naturalmente esclarecido em sede parlamentar", justificou.

Em relação ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o líder do PSD reconheceu "que é diferente, se quiser ir vai, mas se não quiser ir, a Assembleia da República não tem poder sobre um presidente da câmara como tem sobre um membro do Governo".

"Trata-se de explicar aos portugueses a sua responsabilidade e responder aos deputados. Agora, o regimento da assembleia e as leis nacionais permitem que o doutor Fernando medina fuja a dar esses esclarecimentos se entender que deve fugir, já relativamente a um membro do Governo, o regimento prevê o agendamento potestativo e ele, no limite, não consegue fugir", concluiu.

Enquanto discursava no largo do Pavilhão Multiusos de Tábua, Rui Rio destacou a "importância destas eleições, porque poderão mostrar o desagrado dos portugueses ao Governo" e, com isso, criticou a "gestão do dinheiro público" por parte do PS.

"Para as grandes empresas não falta dinheiro. Não falta dinheiro para a TAP, para o Novo Banco, nem faltam facilidades fiscais para a EDP, para esses não faltam dinheiro. Para as pequenas e médias empresas falta dinheiro", atirou.

Depois, precisou o caso do Novo Banco e lembrou que "foi o próprio advogado do anterior presidente do Benfica Luís Filipe Vieira que vem dizer que ele tem património no Brasil que vale 90 milhões de euros e o Novo Banco nem se quer cuidou de executar esse património por conta da dívida que tinha e pôs os portugueses a pagar com os seus impostos a pagar a dívida na sua totalidade".

"O Governo não diz nada, porque o mal está feito, está pago, pagamos todos e para isso não faltou dinheiro. É assim que o Governo gere o dinheiro dos portugueses com facilitismo e irresponsabilidade", acusa Rui Rio que também fala de "clientelismo" quando critica a escolha de "uma pessoa próxima" para a administração do Banco de Fomento.

No seu entender, o Governo de António Costa "devia ter indicado alguém de reconhecido currículo" para a gestão do dinheiro existente para apoiar as empresas, "em vez de escolher alguém que está ligado como administrador ao pior período da história da Caixa Geral de Depósitos, do BCP e do novo Banco, mas que lhe é próximo".

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