A rede social Facebook suspendeu, por 24 horas, a conta de André Ventura, presidente e deputado único do Chega, após terem sido denunciadas duas publicações.
Numa dessas publicações, de março, lê-se: "Se é assim que vive a III República, eu também acho que Eduardo Cabrita devia ser decapitado!". Tratava-se, já explicou André Ventura, de uma reação à decisão do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, de suspender a pena de Manuel Morais, agente da PSP que a Direção Nacional dessa polícia queria suspender de funções por comentários publicados na sua página de Facebook sobre o deputado do Chega.
A 21 de maio, outra rede social, o Twitter, já havia suspendido a conta de André Ventura devido à mesma mensagem. Nesse dia, o deputado disse ao CM que era uma situação "vergonhosa ". "Sou insultado e ameaçado todos os dias por contas que permanecem ativas ininterruptamente. Escrevo uma frase irónica a propósito de um agente que me queria decapitar e sou suspenso. O Twitter ao serviço da censura", afirmou.
A segunda mensagem em causa, de março, apontava o dedo aos partidos que se recusaram a estar no funeral do tenente coronel Marcelino da Mata, o Comando africano do Exército português que se destacou na guerra na Guiné, tendo sido o mais medalhado por ações em combate. André Ventura chamou aos restantes partidos "mariquinhas" por não terem comparecido.
"As redes sociais são cada vez mais a voz e as amarras do politicamente correto. Em Portugal parece que só o Chega tem este problema e esta perseguição. Cá estaremos para resistir", disse este domingo André Ventura ao CM.