A atriz estava internada no Hospital Garcia de Orta, em Almada, na sequência de um aneurisma cerebral que sofreu no dia 30 de abril, durante as gravações da telenovela "A Serra". Maria João Abreu foi submetida a intervenções cirúrgicas e ficou em coma induzido, acabando por morrer esta quinta-feira.
A ministra recordou o percurso de mais de trinta anos da atriz, que se fixou principalmente na televisão, mas sem nunca deixar de marcar presença nos palcos, que assumia como a sua grande paixão.
Considerando que os seus papéis deixam "uma memória inapagável", de que são exemplo as suas interpretações em "As Presidentes", "A Rainha do Ferro-Velho" ou "Fenda", Graça Fonseca afirmou que Maria João Abreu se revelou "uma atriz sensível, multifacetada e inteligente, cujo talento e dedicação eram reconhecidos no modo como respondia aos textos aos quais se entregava".
"Com um percurso profissional em permanente diálogo com os públicos mais diversos, muito através das suas participações televisivas, Maria João Abreu era um dos rostos e vozes mais reconhecidos pelo público português. Com o seu talento e com o empenho e exigência que colocava na construção das suas personagens, Maria João Abreu participou em alguns dos programas mais marcantes da história recente da televisão portuguesa, cujo sucesso é indissociável dos papéis que a atriz interpretava", destacou.