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Sobe para 181 o número de feridos nos confrontos em Jerusalém

A violência entre crentes e as autoridades polícias marcou a última semana do Ramadão.
8 Maio 2021, 11h05

Pelo menos 175 palestinianos e seis polícias israelitas ficaram feridos na sexta-feira, em Jerusalém, a maioria na Esplanada das Mesquitas, onde muçulmanos se reuniam para a última sexta-feira do mês de jejum do Ramadão, anunciou a polícia local.

“Centenas de manifestantes atiraram pedras, garrafas e outros objetos na direção dos polícias, que retaliaram”, segundo o porta-voz da polícia israelita, Wassem Badr, considerando tratar-se de “distúrbios violentos”.

O balanço anterior dos serviços de emergência palestinianos indicava 169 feridos nos confrontos entre palestinianos e a polícia israelita, na Esplanada das Mesquitas, informaram as equipas de socorro e a polícia locais.

Os confrontos aconteceram numa altura em que sobe a tensão no setor oriental de Jerusalém e na Cisjordânia, dois territórios palestinianos ocupados desde 1967 por Israel.

Há uma semana que estão a acontecer diariamente manifestações, marcadas por confrontos com a polícia israelita, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Leste.

A disputa em Sheikh Jarrah está relacionada com o direito à terra onde são construídas casas para colonos israelitas.

Nesse bairro vivem quatro famílias palestinianas, ameaçadas de despejo pelos israelitas.

Irão e Turquia condenam Israel por confrontos com 200 feridos em Jerusalém

Irão pediu hoje às Nações Unidas a condenação do que chamou “crime de guerra” israelita em Jerusalém, palco de confrontos com a polícia na sexta-feira, e a Turquia acusou Israel de atuar de forma agressiva e provocadora.

Na sexta-feira, segundo o movimento internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, mais de 200 palestinianos tiveram de ser hospitalizados devido a confrontos com a polícia israelita, em Jerusalém, a maioria na Esplanada das Mesquitas, onde muçulmanos se reuniam para a última sexta-feira do mês de jejum do Ramadão.

O Irão, em comunicado do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, condenou o ataque à mesquita “pelo regime militar que ocupa” Jerusalém, considerando que “este crime de guerra mais uma vez prova ao mundo a natureza criminosa do regime sionista ilegítimo” e exortando “as Nações Unidas e outras instituições a ele vinculadas a agir […] para lidar com este crime de guerra”.

Também o Governo turco, em comunicado hoje divulgado, acusou Israel de violar a liberdade de culto e atuar de maneira agressiva e provocadora, devido à intervenção da polícia na Esplanada das Mesquitas durante a oração da tarde, que motivou as 208 hospitalizações de palestinianos e em que também seis polícias ficaram feridos.

“Condenamos veementemente o ataque das forças de segurança israelitas contra os palestinianos que rezavam na mesquita de Al Aqsa e que deixaram muitos palestinos feridos”, afirmou no comunicado o Ministério das Relações Exteriores turco.

A Turquia acusou também o Governo israelita de ser o autor dos incidentes, que diz terem atacado a liberdade de culto dos palestinianos, instando-o a “pôr fim às suas políticas agressivas e provocativas e agir com bom senso”.

Os Estados Unidos também questionaram na sexta-feira os confrontos na Esplanada das Mesquitas, que aconteceram numa altura em que sobe a tensão no setor oriental de Jerusalém e na Cisjordânia, dois territórios palestinianos ocupados desde 1967 por Israel.

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