Na apresentação do Plano de Ação para a Transição Digital, a 5 de março de 2020, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira afirmou que "para continuar a crescer como nos últimos tempos já não vai bastar sermos esforçados, trabalhadores e ter baixos custos”. Ou seja, complementou, “já não podemos competir só com os baixos custos, temos de conseguir competir na produção de valor”, é necessário trabalhar para promover uma “sociedade altamente desenvolvida, assente em conhecimento, inclusiva e que não deixe ninguém para trás”.
Entretanto, passou mais de um ano, e a realidade pandémica trouxe um conjunto de novos factores que promoveu o acelerar de muitas facetas da transição digital mas que, ao mesmo tempo, deixa interrogações quanto à inclusividade do processo e quanto a questões ligadas à proteção de dados. Veja-se o caso da recente polémica quanto a possíveis fugas de informação no Censos 2021, por exemplo. “O processo de digitalização não poderá resultar em exclusão digital”, apontou o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, na apresentação do Plano de Ação para a Transição Digital
Como explica a diretora executiva da Estrutura de Missão Portugal Digital, Vanda Jesus, "a capacitação digital das pessoas é a maior prioridade do Plano de Ação para a Transição Digital e o contexto em que vivemos veio potenciá-la. Hoje, podemos afirmar que o ritmo da capacitação digital no nosso país tem superado todas as expectativas", acredita a responsável. Sem esquecer questões importantes como a inclusividade a disparidade de género que continua a afetar esta área. "Dentro do grupo de cidadãos infoexcluídos (18%), existem grupos que enfrentam riscos acrescidos – quer pela idade avançada dos cidadãos, por baixos rendimentos ou níveis baixos de escolaridade", explica. "Das pessoas que se inserem nestes grupos, mais de 60% são mulheres".
"É inequívoco que o nosso compromisso passa por mitigar a desigualdade de género no acesso ao digital e à tecnologia", assegura Vanda Jesus
Um conjunto alargado de tópicos que vão estar em discussão no Fórum Portugal Digital, que ao longo da próxima semana, reúne um conjunto alargado e transversal de especialistas ao longo de quatro dias e uma série de painéis e palestras com direito a transmissão digital em direto.
é o valor atribuído à transição digital no Plano de Recuperação e Resiliência
Conheça o programa do evento da próxima semana mais em pormenor abaixo.
O que é?
Organizado pelo Portugal Digital e o INCoDe 2030 com o apoio do Expresso, o Fórum Portugal Digital pretende analisar as metas e compromissos do Plano de Ação para a Transição Digital, mais de um ano após o seu anúncio, através de um conjunto de discussões assente em quatro pilares: Pessoas, Empresas, Estado e Catalisadores
Quando, onde e a que horas?
3 de maio (9h15-16h10), 4 de maio (9h30-16h), 5 de maio (9h-11h45) e 6 de maio (9h-12h45)
Quem vai estar presente?
3 de maio
- António Costa, primeiro-ministro
- Rogério Carapuça (Fórum INCoDe.2030)
- Luisa Ribeiro Lopes (INCoDe.2030 | .PT)
- André de Aragão Azevedo (SETD),
- João Costa (SEAE)
- João Sobrinho Teixeira (SECTES)
- Miguel Cabrita (SEATFP)
- António Leite (IEFP)
- Filipa Jesus (ANQEP)
- Manuel Garcia (APDC)
- Pedro Dominguinhos (IPS)
- Célia Reis (Altran)
- Carla Sequeira (CIP)
- Bernardo Sousa (EMPD)
- João Torres (SECSDC)
- João Vieira Lopes (CCP)
- Rita Marques (SET)
- Francisco Calheiros (CTP)
- Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação
- João Minhota (Gabinete ME)
- Alexandre Nilo da Fonseca (MUDA/ACEPI)
- Susana Sargento (UAveiro)
- Inês Seca Ruivo (UÉvora)
- Delfim Leão (UCoimbra)
- Inês Lynce (INESC-ID)
- Rui Oliveira (INESC-TEC)
- Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
4 de maio
- Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital
- Simon Schaefer (Startup Portugal)
- André de Aragão Azevedo (SETD)
- Gerrard de Graaf (DG CONNECT)
- Nuno Cavaco (EMPD)
- Nuno Gonçalves (IAPMEI)
- Fernanda Ferreira Dias (DGAE)
- Manuel Ramalho Eanes (TICE)
- João Dias (AICEP)
- Arthur Jordão (Gabinete SETD)
- Afonso Salema
- João Tedim (AWS)
- Bernardo Correia (Google)
- Paula Panarra (Microsoft)
- Sérgio Catalão (Nokia)
- Marco Costa (Talkdesk)
- Sandra Gouveia (Gabinete SETD)
- José Felizardo (CEiiA)
- Luís Ribeiro (ANAC)
- Hélder Rosalino (BdP)
- Joana Mendonça (ANI)
- Hugo Mendes, SEAC
- João Torres, SECSDC
- Vanda Jesus (EMPD)
- Jorge Portugal (COTEC)
- Isabel Barros (APED/CIP)
- Gonçalo Caseiro (INCM)
- Lino Santos (CNCS)
- Luis Neves (GESI)
- Filipa Calvão (CNPD)
- Sara Carrasqueiro (AMA)
- Ana Ramalho (IPQ)
- Nuno Santos (AD&C)
- Fernando Alfaiate (Estrutura Missão Recuperar Portugal)
- João Farinha (Gabinete SETD)
- Nelson Souza, ministro do Planeamento
5 de maio
- Carla Pereira, ACEPI | ComércioDigital.pt
- Luisa d’Ornellas, CML | PILD
- Fernanda Santos, DECO | Sitestar.pt
- João Baracho, CDI Portugal | Apps for Good
- Luís Neves e Inês Guimarães, ENSICO
- Sérgio Gomes da Silva, Recurso Literacia Mediática
- Elisabete Macieira, MUDA
- Fernanda Ledesma, ANPRI |PAPTICe
- Rosalia Vargas, Presidente da Agência Ciência Viva
6 de maio
- Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública
- Maria de Fátima Fonseca (SEIMA)
- Anabela Pedroso (SEJ)
- Gabriel Bastos (SESS)
- António Mendonça Mendes
- André de Aragão Azevedo (SETD)
- Roman Diez Gonzalez (DG Reform)
- Ana Marques (EMPD)
- Pedro Viana (AMA)
- Maria João Lopes (ANM)
- Miguel Neto (Nova IMS)
- Pedro Fontinha (Cluster Smart Cities)
- Mário Campolargo (DIGIT) e Teresa Girbal (Espap)
- Domingos Pereira (SPMS)
- Carlos Moura (Banco de Portugal)
- António Gameiro Marques (GNS)
- José Pedro Antunes (INCoDe.2030)
- Maria João Vasconcelos (Fraunhofer)
- Teresa Gonçalves (UÉvora)
- José Manuel Fonseca (UNINOVA)
- Fernando Peres (Novaims)
- Patrícia Gomes (IPCA)
- Luisa Proença(Policia Judiciária)
- Arlindo Oliveira (IST)
- José Pedro Antunes (InCoDe.2030)
- João Ricardo Moreira (NOS)
- João Curado (AMA)
- Alípio Jorge (INESC-TEC)
- Marta Moreira Dias (PT)
- Raul Martins (EMPD)
- José Magalhães (Parlamento)
- André de Aragão Azevedo (SETD)
- Pedro Siza Vieira, MEETD
Porque é que este tema e este debate são centrais?
O Plano de Ação para a Transição Digital tem como pilares a capacitação digital das pessoas, transformação digital das empresas e digitalização do Estado e apresenta 12 medidas que podem mudar a forma como lidamos com as entidades públicas e como as ferramentas digitais vão sendo introduzidas na sociedade. Uma discussão que ganha ainda mais relevância numa altura em que a pandemia fez acelerar muitas das componentes deste processo
Como posso ver e saber mais?
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