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Ursula von der Leyen apela à “libertação imediata e incondicional” de Alexei Navalny

Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão discutir a situação do opositor de Putin nesta segunda-feira. Alto representante para a Política Externa recorda ao regime de Moscovo que é responsável pela segurança e estado de saúde do político que se encontra em greve de fome na prisão.
  • EPA/ Sergei Ilnitsky
18 Abril 2021, 17h36

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou neste domingo à “libertação imediata e incondicional” do dissidente russo Alexei Navalny, que corre perigo de vida na sequência da greve de fome que iniciou a 31 de março.

Ursula von der Leyen escreveu igualmente que Navalny “tem de receber de imediato acesso a tratamento médico apropriado” ao partilhar no Twitter uma declaração oficial do alto representante para a Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, particularmente crítica quanto à atuação do regime de Moscovo.

O comunicado de Josep Borrell recorda que as autoridades russas “são responsáveis pela segurança e estado de saúde” de Navalny enquanto o opositor de Vladimir Putin estiver a cumprir uma pena de dois anos e meio de prisão efetiva, num processo por violação de liberdade condicional a que as autoridades comunitárias apontam motivações políticas.

Navalny, de 44 anos, regressou ao país natal depois de ter sobrevivido a uma intoxicação no sistema nervoso, atribuída pelo político ao Kremlin e aos serviços de segurança russos. No sábado, depois de médicos próximos do principal opositor a Putin terem exigido autorização para o observarem na prisão, recebendo como resposta das autoridades prisionais que os exames realizados indicam um estado de saúde satisfatório, dois aliados de Navalny apelaram à mobilização dentro e fora da Rússia para “agir rapidamente antes que aconteça algo irreversível”.

“O caso de Navalny não é um incidente isolado e conforma um padrão negativo de diminuição do espaço para a oposição, sociedade civil e vozes independentes na Federação Russa”, lê-se no comunicado de Josep Borrell, no qual se recorda que a União Europeia condenou o envenenamento de Navalny e impôs sanções em outubro de 2020 por aquilo que considera uma tentativa de homicídio, continuando a apelar ao regime de Moscovo para investigar o que aconteceu.

A situação de Navalny será discutida numa reunião de ministros dos Negócios de Estrangeiros da União Europeia, marcada para esta segunda-feira em Bruxelas.

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