Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Archee vai apagar “cancro” urbanístico de 15 anos da falida Ferseque

A construtora de Amares, que comprou a massa insolvente da sua congénere, vai concluir as 52 moradias inacabadas em Campo, Valongo, que estão ao abandono há década e meia e cujas carcaças são visíveis à face da autoestrada A4.

Rui Neves ruineves@negocios.pt 15 de Abril de 2021 às 14:10

Quem viaje pela A4, a partir do Porto, quando passa pela zona de Campo, Valongo, é confrontado, à sua direita, por um grande empreendimento residencial inacabado, que se converteu num dos piores "cancros" urbanísticos do concelho vizinho da Invicta.

 

Trata-se de um complexo habitacional promovido pela antiga construtora Ferseque, que abandonou as obras a meio da primeira década deste século, tendo o local sido desde então gerador de conflitos entre os moradores das habitações próximas, nomeadamente por questões de limpeza.

 

Mas eis que o problema deverá desaparecer no final deste ano. "Foi hoje assinado o contrato de urbanização entre o município de Valongo e a empresa Archee Madeira-Construções com o objetivo de concluir, no prazo de oito meses, as obras de urbanização que irão permitir finalizar as 52 habitações unifamiliares inacabadas",anunciou a autarquia, esta quinta-feira, 15 de abril.

 

As obras deste empreendimento, devoluto há mais de 15 anos, "deverão arrancar dentro de um mês", garantiu a Câmara de Valongo, em comunicado.

 

"Finalmente, vamos acabar com um dos piores cancros urbanísticos que herdamos e com a má imagem que muito afetava a autoestima deste concelho. Este é mais um caso de sucesso da aposta que temos tem vindo a fazer para concluir os prédios devolutos e inacabados, incentivando assim a regeneração urbana e captando investimento para o município de Valongo", enfatizou José Manuel Ribeiro, presidente da autarquia, à margem da assinatura do contrato de urbanização com a empresa adquirente da massa insolvente.

 

José Manuel Ribeiro adiantou que, "no atual ciclo governativo", a Edilidade conseguiu "resolver o problema de 11 empreendimentos inacabados, que representam um total de 635 novos fogos no mercado de habitação, o que também significa mais dinâmica económica",sublinhou.

 

O autarca destacou a primeira revisão do PDM e dos regulamentos das taxas urbanísticas como dois dos fatores que contribuíram para captar investimento, recuperando o interesse dos investidores na área da reabilitação urbana.

 

Além do empreendimento da Ferseque em Campo, a Câmara de Valongo refere que foram retomados os processos relativos aos empreendimentos localizados na Rua das Lousas, na Rua Vasco Lima Couto, na Praceta Primavera, na Praceta Brigadeiro Aires Martins, na Avenida Dr. Fernando Melo/Lagueirões, na Rua Eduardo Joaquim Reis Figueira e na Rua do Solgidro (em Valongo), na Rua do Soutinho e na Rua Miguel Torga (em Ermesinde) e na Rua Brito Capelo (em Campo).

Ver comentários
Saber mais ferseque archee campo valongo cancro urbanístico josé manuel ribeiro
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio