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Estados-membros andam a procurar vacinas fora da União Europeia e sem ajuda de Bruxelas

A Dinamarca, Áustria, Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia uniram-se para quebrar a estratégia de vacinação da União Europeia, procurando soluções de vacinas fora de fronteiras europeias.
3 Março 2021, 11h22

Os países da União Europeia têm verificado demoras na entregas das vacinas, com os governos a dirigir fortes críticas à Comissão Europeia pela falta de fornecimento das doses necessárias para atingir os objetivos proposto até ao verão. Com a falta de vacinas, muitos países estão a começar a unir-se e procurar vacinas contra a Covid-19 fora da instituição europeia, revela o jornal “Politico”.

A Dinamarca, Áustria, Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia uniram-se para quebrar a estratégia de vacinação da União Europeia, procurando soluções de vacinas fora de fronteiras europeias. Estes países sustentam que os seus cidadãos não podem esperar que a Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, decida agir pela falta de vacinas.

Devido a esta união, a Comissão Europeia pediu compreensão aos países, apontando que estava confiante na sua abordagem às farmacêuticas. Ainda assim, a entidade não ofereceu soluções aos países relativamente à falta de vacinas que chegavam ao território. “A produção e entrega de vacinas é um projeto que apresenta muitos obstáculos”, apontou o porta-voz Stefan De Keersmaecker, acrescentando que a Comissão desenvolveu “uma estratégia de vacinação bem-sucedida”.

O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, considera que o programação de vacinação da UE é um “espetáculo pegado”, enquanto o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, afirmou que a Agência Europeia de Medicamentos “é muito lenta”, estando então a Áustria a desenvolver um plano de vacinação em conjunto com a Dinamarca e Israel, um dos países mais avançados ao nível da vacinação contra a Covid-19.

Por sua vez, o plano da Hungria é comprar as vacinas da Rússia e da China, sendo que o próprio primeiro-ministro Viktor Orbán já foi imunizado com a vacina chinesa Sinopharm. O presidente polaco, Andrzej Duda, falou pessoal com o presidente Xi Jinping e demonstrou o interesse da Polónia em comprar vacinas chinesas.

Numa reunião na semana passada, Ursula von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, admitiram que se seguiram semanas difíceis pela frente para os países europeus relativamente à chegada de vacinas. Ainda assim, a dupla apontou que o fornecimento de vacinas produzidas dentro da UE irá aumentar de forma constante durante a primavera e que o grupo de trabalho dedicado ao plano de vacinação está atualmente à procura de aumentar a capacidade de produção.

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