Um ano passou desde que o primeiro caso de covid-19 foi confirmado em Portugal. Desde então, 805.647 pessoas foram infetadas em território nacional, onde o vírus ceifou 16.389 vidas, ao longo de três vagas que deixaram a população entrincheirada durante dois confinamentos gerais, a resistir num tempo suspenso e num quotidiano quase anulado entre quatro paredes a um cerco imposto por estados de emergência decretados em catadupa. Se o que sabemos é apavorante, aquilo que ainda desconhecemos deixa-nos igualmente em sobressalto.
Enquanto a saúde mental e a paciência definham, um medo generalizado alimenta-se da incerteza e torna-se mais robusto, o mesmo que a própria ministra da Saúde partilhou durante uma entrevista. “Tenho, como todos nós, o receio de que isto nunca acabe”, confessou Marta Temido. Irá a pandemia ter fim? As variantes podem perpetuar a ameaça? O que vai acontecer ao vírus? Continuará no meio de nós? Poderá a circulação do vírus vir a proteger-nos da covid-19? Chegará o dia em que as restrições atípicas do “novo normal” vão cair? E será a humanidade capaz de aprender a conviver pacificamente com o inimigo que infligiu o maior trauma coletivo desde a Segunda Guerra Mundial? As dúvidas são muitas e o Expresso foi ouvir especialistas para colher respostas.
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