Daesh

Daesh reivindica assassínios de três jornalistas no Afeganistão

Em dois atentados consecutivos na terça-feira em Jalalabad.

Funeral das jornalistas assassinadas em Jalalabad
Funeral das jornalistas assassinadas em Jalalabad
Parwiz Parwiz / Reuters

O grupo extremista Daesh reivindicou hoje a responsabilidade pelos assassínios de três mulheres jornalistas em dois atentados consecutivos ocorridos na terça-feira, em Jalalabad, no Afeganistão.

"Soldados do califado atiraram em três jornalistas que trabalhavam para um canal de comunicação leal ao governo apóstata do Afeganistão no distrito 4 da cidade de Jalalabad, matando-as", referiu o Daesh num comunicado publicado nas últimas horas na rede social Telegram.

As vítimas, três jornalistas do canal de televisão Enikass RTV, foram baleadas em dois locais diferentes em Jalalabad, no momento em que voltavam para casa depois do trabalho, de acordo com o canal para o qual trabalhavam.

Duas outras mulheres, que passavam pelos locais onde ocorreram os ataques, ficaram feridas.

Este foi o segundo ataque contra funcionários da emissora de televisão nos últimos três meses, após o assassínio em dezembro de outra jornalista e do seu motorista.

Esses crimes somam-se a uma onda de assassínios seletivos de jornalistas, ativistas políticos e intelectuais no Afeganistão, onde tiroteios ou detonações de bombas contra veículos das vítimas se tornaram quase diários.

O Governo afegão culpa os talibãs pelos ataques, embora estes tenham negado repetidamente o seu envolvimento na matança de civis.

De acordo com a organização Nai, dedicada a monitorizar a liberdade de imprensa no Afeganistão, pelo menos 130 casos de violência contra jornalistas foram registados em 2020, incluindo o assassínio de 11 trabalhadores dos media.

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