Calúnias, lavagem cerebral, perversão da consciência social, fake news, desinformação. Se já era evidente de há meses para cá a opção do PCP por um cerrar de fileiras, em reação ao que diz ser uma das maiores “ofensivas antidemocráticas” que sofreu desde o 25 de Abril, no primeiro dia de congresso o discurso ficou consolidado. E houve um alvo claro: a comunicação social, visada em várias das intervenções feitas a partir do púlpito do Pavilhão Paz e Amizade, em Loures.
Essa hostilidade tem vindo a tornar-se, cada vez mais, parte do discurso oficial do partido. Quando em Portugal se começaram a sentir em força os efeitos da pandemia, os comunistas apontaram por diversas vezes o dedo à comunicação social por contribuir para o “agigantar do medo”, como dizia então Jerónimo de Sousa ao Expresso. Depois, em resposta à sucessão de críticas de que foi alvo por altura das comemorações do 25 de Abril no Parlamento e do 1º de Maio na Alameda, mas sobretudo na Festa do “Avante!”, o partido voltou a atribuir boa parte da culpa aos media, que acusaria de veicular essas críticas e de participar na “ofensiva” contra o PCP.
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