Meo fala em “resultados históricos” e sem “desculpas” com a covid-19

Empresa da Altice regista quinto trimestre consecutivo de crescimento de receitas, que atingiram 522 milhões de euros até final de Março.

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O presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca Nuno Ferreira Santos

As receitas da Meo atingiram 522,3 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, registando um aumento de 2,6% face ao período homólogo. Trata-se do quinto trimestre consecutivo de aumento de receitas e a demonstração, segundo o presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, que a empresa está “numa rota de crescimento” e que é “líder [de mercado] de uma forma sustentada”.

Nos três primeiros meses do ano, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da Meo aumentou 1,8%, para 210,2 milhões, segundo revelado pela empresa numa apresentação online realizada esta quinta-feira.

“A margem de rentabilidade EBITDA a crescer quase 2% e as receitas a crescer acima do mercado” traduzem “resultados históricos” afirmou Alexandre Fonseca, sublinhando que a empresa continua a gerar liquidez, sem deixar de investir.

No primeiro trimestre, o investimento da Meo – essencialmente no desenvolvimento da rede de fibra óptica, que chega a 5,1 milhões de casas – subiu 4%, para 104,3 milhões de euros.

“Nós, ao contrário de outros, não apresentamos desculpas a dizer que os nossos resultados foram afectados pela crise pandémica”, disse Alexandre Fonseca, notando que o impacto da crise de saúde pública na actividade da empresa foi de “oito dias em 90”.

Há duas semanas, ao apresentar as contas do primeiro trimestre, que se se saldaram com um prejuízo de 10,4 milhões de euros, a Nos referiu ter registado quebras de receitas “em todas as linhas de negócio” devido às restrições à actividade económica impostas pela crise pandémica.

Na apresentação desta quinta-feira, Alexandre Fonseca destacou o facto de a empresa ter continuado a aumentar o número de serviços vendidos. Sobre o crescimento do negócio de televisão, o administrador financeiro da Altice, Alexandre Matos, frisou que “a co-liderança na TV”, com a Nos, “é uma posição sólida e notável”.

Sobre o que se pode esperar no segundo trimestre, em que os resultados terão de reflectir o mês de Abril, que foi passado sob estado de emergência e um mês de Maio ainda com muitas restrições à actividade económica, Alexandre Fonseca reconheceu que haverá impactos, mas diz que “a mensagem [que quer passar] é de confiança” no futuro.

O facto de as lojas terem estado fechadas, de terem sido perdidas as receitas de roaming pela ausência de turistas e de a empresa ter deixado de cobrar os conteúdos premium desportivos devido às competições terem estado paradas são efeitos que se vão notar no segundo trimestre, assumiu o presidente da Meo.

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