Coronavírus

A avó-milagre. Italiana de 102 anos curou-se da Covid-19

29 março 2020 15:38

foto retirada do facebook

Fixe este nome: Italica Grondona. Ou 'avó Lina'. É uma senhora italiana, de 102 anos, que acaba de ser dada como curada da Covid -19. "Teve sintomas ligeiros e curou-se praticamente por si, sem terapêutica", diz o médico assistente. Tornou-se o símbolo da esperança e de como é possível contrariar as estatísticas, mesmo nos tempos mais negros. "Trabalhei muito, mas diverti-me sempre que podia", afirma. Gosta de dançar e de Freddy Mercury, diz o neto. Será esta a receita?

29 março 2020 15:38

Chama-se Italica Grondona e vive em Génova. Tem 102 anos e o médico que acompanhou a sua convalescença de Covid-19 diz que a sua alcunha passou a ser "Highlander, a imortal". Este domingo, é notícia um pouco por todo o mundo. Dos jornais italianos à CNN, passando um pouco por todas as latitudes, 'avó Lina' tornou-se um símbolo da esperança.

"Trabalhei muito, mas pensei também sempre em divertir-me. Quando podia, diverti-me sempre", disse Italica a um jornal local. Quanto à sua recuperação, que motiva agora o interesse de cientistas e investigadores, a velha senhora não tem dúvidas: "consegui, mesmo que não tivesse nenhuma vontade. Foi o destino."

Vera Sicbaldi, médico do Hospital de Génova, que acompanhou a paciente, diz que 'avó Lina' estava praticamente recuperada em meados de março. Os sintomas da Covid-19 foram, neste caso, "ligeiros", e a recuperação foi feita "praticamente por si, sem terapêutica", acrescenta o médico.

"É a primeira doente deste novo virus que pode ter superado, também, a gripe espanhola, uma vez que nasceu em 1917", altura em que aquela epidemia assolou violentamente a Europa, diz o médico, acrescentando que Italica Grondona está, atualmente, em convalescença na casa de repouso em que vive.

Pouco se conhece da história de vida desta velha senhora italiana. Alguns jornais italianos e a RAI citam um neto de Italica, Renato Villa Grondona, que descreve a avó como uma "mulher livre e independente". Segundo Renato, a avó separou-se do marido quando era ainda muito jovem e criou sozinha o único filho, que viria a morrer, anos mais tarde, nos Estados Unidos.

"Sofreu muito, mas ama a vida", revelou o neto, que garante que a avó gosta de dançar, "ama Freddy Mercury e Valentino Rossi".