Miguel Cal vai abandonar o cargo de administrador executivo da SAD do Sporting, onde era remunerado e tinha os pelouros estratégico, de marketing e operacional. A partir de agora ficará responsável apenas pela pasta internacional da SAD, onde mantém contactos, mas deixará de receber um salário fixo e poderá exercer a sua atividade profissional noutra empresa.
A decisão foi tomada nas últimas horas e resulta não de um pedido de demissão mas de um desfecho por mútuo acordo, no quadro de uma reorganização de competências na sociedade que gere o futebol leonino.
Miguel Cal é licenciado em gestão de empresas e pós-graduado em Gestão de Instituições Financeiras. Antes de chegar ao Sporting, onde criou impacto antes ainda das eleições de 2018 com um
relatório detalhado sobre a situação do clube, Cal trabalhava na consultora McKinsey International. Na SAD, além dos três pelouros principais já referidos, estava ainda ligado às áreas comercial, de merchandising e comunicação.
Com esta saída, a primeira da era Frederico Varandas na SAD (Francisco Rodrigues dos Santos deixara o Conselho Diretivo, no clube), o Conselho de Administração fica reduzido ao próprio Varandas, a Francisco Salgado Zenha e a João Sampaio, além de Nuno Correia da Silva, este administrador não-executivo indicado pela Holdimo, de Álvaro Sobrinho.
Como se pode ler no último relatório anual, "a Administração da Sociedade é exercida por um Conselho de Administração composto por um número não inferior a três, nem superior a onze." "No âmbito do exercício do poder de cooptação do Conselho de Administração, faltando definitivamente um administrador, o Conselho de Administração pode deliberar a nomeação de novos administradores por cooptação (…). A deliberação de cooptação do Conselho de Administração deve, nos termos da lei, ser ratificada na Assembleia Geral seguinte."