Professor Gustavo Menezes com microscópio confocal adaptado por ele para ver células em animais vivos. — Foto: Fernanda Torquatto
Essas são algumas das "gambiarras" feitas pelo professor da Universidade Federal de Minas Gerais Gustavo Menezes, utilizadas no laboratório do Centro de Biologia Gastrointestinal, no Instituto de Ciências Biológicas. Imagem de uma sequência de DNA iluminada feita pelo transiluminador adaptado utilizando a câmera selfie de um celular. — Foto: Fernanda Torquatto
"Muitas vezes, para fazer ciência de ponta, o cientista tem que inventar os próprios métodos. O problema, às vezes, não é a falta de dinheiro. Existem perguntas que eu tenho na cabeça, mas que não tem métodos existentes para resolvê-las. Às vezes, a ciência caminha num grau tão alto de novidade que é superior à capacidade de a indústria criar mecanismos.
Para Gustavo, parte da dificuldade que o Brasil tem no avanço na ciência, na economia, nas questões sociais, vem da ideia de que o brasileiro não é bom o bastante. “Essa crença acaba impedindo algumas pessoas de realizar grandes feitos. Quando a 'Nature' faz uma reportagem e o primeiro entrevistado é um brasileiro, um servidor público, que nasceu em Ipatinga, essa alcunha de que brasileiro não faz nada cai por terra”.
A adaptação do microscópio fez com que o laboratório da UFMG se tornasse primeiro Centro de Excelência da Nikon no país e o segundo no hemisfério sul, já que existe um menor na Argentina. Isso quer dizer que, além de consumir tecnologia, os pesquisadores mineiros também são produtores de tecnologia.
Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.