Os policiais começaram a investigação após a denúncia de uma vítima que pagou R$ 4,5 mil pela entrega de flores no dia do seu aniversário. Segundo o delegado, a dupla é da zona leste de São Paulo e conseguia endereço, nome e data de nascimento dos alvos por"fontes abertas" como redes sociais e pela compra de base de dados pessoas vazados online de outros serviços e aplicativos.
"Chega um criminoso se fazendo passar por motoboy, leva bolo e flores, mas fala que falta só a taxa de entrega 'simbólica'. Ele simula digitar um valor de R$6 a R$ 10, mas coloca muito acima. E aí alega falha na conexão, problema no visor ou põe o dedo em cima do número", explica Silva. Enquanto um dos homens ficava de"apoio", o falso entregador aplicava o golpe usando capacete e mochila, o que impediu a sua identificação pelas imagens da câmera de segurança da vítima. A moto usada no crime também não tinha placa. Eles só foram encontrados quando a polícia conseguiu rastrear o dinheiro da vítima, mas ainda assim por pouco.
"O dinheiro passado na maquininha é pulverizado na mesma hora. Eles têm um outro elemento que já saca o valor em algum caixa eletrônico ou transfere para outra conta", explica o delegado."A pessoa sobe com a entrega e nisso o dinheiro já foi."
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