A Guarda Nacional mexicana, uma corporação com caráter militar, composta por soldados em 80% do seu contingente, se mobilizou às margens do rio Suchiate, na fronteira sul do país, para impedir a chegada da caravana migratória procedente de Honduras e que busca alcançar os Estados Unidos.
O diretor de Migração da Guatemala disse que a caravana incluía membros de quadrilhas, as quais estariam impulsionando a onda migratória. Essas declarações refletem uma estratégia de tentar criminalizar o avanço dos imigrantes, o qual, no entanto, parece impossível de ser contido, apesar das bombas de gás lacrimogêneo e do medo da covid-19.
Em um diálogo telefônico dias antes do Natal, Biden e López Obrador concordaram sobre a necessidade de iniciar um novo caminho em questões de política migratória e, ao menos no papel, se comprometeram a promover a “cooperação entre os EUA e o México para garantir uma migração segura e ordenada, conter o coronavírus, impulsionar as economias da América do Norte e assegurar a fronteira comum”.
Apenas dois anos se passaram entre 2018, quando o México recebia os migrantes centro-americanos de braços abertos, entregando imediatamente autorizações de residência, e a atual militarização da fronteira, com a presença permanente de mais de 7.000 soldados da Guarda Nacional. Nesse período se sucederam dois diretores de Migração, além de inúmeros relatórios sobre um suposto Plano Marshall que nunca se materializou.
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O povo faz miles de filhos sem ter as mínimas condições, aí depois quer invadir o país dos outros‽
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