, mas não pôde se sentar na mesma mesa que seus colegas de elenco; foi relegada a papéis de empregada pelos brancos e rejeitada pelos negros, que não entendiam sua adesão ao estereótipo com o qual Hollywood havia reduzido sua raça. Morreu sem um tostão, e seu Oscar foi levado pelo vento, mas ela sempre foi fiel a si própria.
Hattie McDaniel, numa cena de ‘E O Vento Levou’, filme que a transformou na primeira afro-americana a ganhar um Oscar. Os atores negros ocupavam papéis irrelevantes, e com frequência sem créditos: eram motoristas, garçons, figurantes e especialmente empregados. Hattie havia fugido do serviço na vida real, mas não podia fazê-lo na telona. Não demorou a se destacar. Em 1934, o diretor John Ford prestou atenção nela e fomentou seu estilo atrevido e sarcástico. A atriz apareceu em dezenas de filmes com algumas das estrelas mais populares de Hollywood.
Apesar do desdém com que foi tratada, McDaniel fez seu papel à perfeição dentro e fora das telas. “Adorei Mammy”, declarou, ao falar com a imprensa sobre a personagem. “Acho que a entendi porque minha própria avó trabalhava numa plantação não muito diferente de Tara.” Ela era a única mulher negra da sala e a primeira afro-americana a comparecer aos prêmios da Academia como convidada, não como empregada. Selznick tivera que pedir autorização especial para que ela estivesse no teatro, numa pequena mesa ao fundo, distante das estrelas. Nem sequer pôde posar com os demais membros da equipe do filme: a Califórnia também era um Estado segregado.
, começou-se a respirar novos ares, mas ela continuou aferrada aos papéis de criada e fez parte do elenco do hoje muito criticadoNo final da carreira, McDaniel voltou para o rádio e teve um desses pequenos triunfos que de novo seus colegas não quiseram ver: fez o papel de Beulah, outra vez uma criada estereotipada, mas tirou o papel de um homem branco.
jerusabv Chocante.
Só podia ser coisa do El País mesmo. Sempre ressaltando degeneração.
A indústria do cinema, e judaica......
macherienina
Que história de vida e luta! Uma filha de escrevo teve sim seu SUCESSO e contribuição à luta contra a desigualdade racial! Parabéns pela redação do texto!
Olha essa história Savagefiction
beni_debora Impressionante!
Nos EUA a coisa era feia mesmo
Grandiosa! Mas a nossa Ruth de Souza não padeceu menos.Dizem que pediu pra seu velório ser no Teátro Municipal.O Teátro ofereceu o espaço no pé da escada, mas não o palco.E ninguém revindicou o direito de uma de nossas grandes atrizes ter sua última homenagem prestada no palco.
marcelaslobo Isso não mostra no filme!
Conseguiram puxar uma lacração de 80 anos atrás.
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