Na disputa, Scheffer fez o tempo 1m44s66, ficando atrás dos britânicos Duncan Scott e Tom Dean . O brasileiro largou bem e cruzou a marca dos 50 metros entre os quatro primeiros. Depois, bateu os 100 metros em terceiro lugar, avançando a uma velocidade de 1 metro e 72 centímetros por segundo. E acelerou. Nos últimos 50 metros estava em segundo lugar a uma velocidade de 1 metro e 80 centímetros por segundo.
Scheffer não era tido como favorito para conquistar a medalha nesta segunda-feira. Mas o quadro mudou neste domingo durante a semifinal, quando, na primeira prova, ele arrancou na frente nos cem primeiros metros. No final acabou sendo ultrapassado e terminou essa primeira etapa em 1m45s71, o terceiro melhor tempo. Na segunda etapa, ficou com o oitavo tempo, o suficiente para se classificar para a final.
O último nadador brasileiro a ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos havia sido César Cielo, bronze em Pequim nos 100 metros livre. Nos 200 metros livre, modalidade disputada nesta segunda-feira por Scheffer, o último nadador a conquistar ao menos uma medalha havia sido Gustavo Borges, em Atlanta 1996.
Nascido em 1998 no município de Canoas, no Rio Grande do Sul, Scheffer foi convocado pela primeira vez para seleção brasileira em 2016. Começou a se destacar dois anos depois, quando ganhou três medalhas nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba : prata no revezamento 4 x 100 metros livres, ouro no revezamento 4 x 200 metros livres e mais um ouro nos 200 metros livres.
Ao passar para a final do 200 metros livres, sua prova favorita, Scheffer disse que esperava “seguir a tradição do Gustavo Borges” e garantir seu lugar no pódio. Garantiu. Realizou o sonho que alimentava desde quando dava seus primeiros mergulhos. “Meu sonho de criança era entrar para um time olímpico”,. Para ele, os Jogos de Tóquio se caracterizam pela “incerteza”, por não se saber “o dia de amanhã” depois de todas as dificuldades da pandemia.
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