Burnout: reconhecimento pela OMS pode levar a ações contra empresas e suas metas inatingíveis

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Estima-se que 30% da população brasileira e 4% da mundial padecem com a doença ocupacional

potencializaram a doença, que não é nova, sempre existiu, mas cresce a cada dia, diante da pressão, da competitividade e da individualidade características da sociedade capitalista.

A filmmaker e DJ Yuri Engelberg e a publicitária Dani Santis adoeceram por causa das tóxicas relações e cobranças no local de trabalho – Imagem: Arquivo pessoal– estes últimos com mais evidência na pandemia – estão entre as categorias com maior índice de adoecimento por Síndrome de Burnout. Em regra, professores, assim como médicos e enfermeiros, têm uma carga de trabalho exaustiva por acumular vários empregos.

“Nem sempre conseguimos que a Síndrome de Burnout tenha o diagnóstico e o CID corretos e que seja diagnosticada como doença relacionada ao trabalho. E, portanto, a responsabilidade pelo processo de adoecimento termina sendo do trabalhador. A nossa luta é para desconstruir isso, de modo que não fique no campo da individualização, mas que seja visto como um problema da organização dos processos de trabalho”, diz Teixeira.

Advogado trabalhista e integrante da OAB Pernambuco, Cláudio Ferreira também aposta no aumento do número de ações trabalhistas a partir da decisão da OMS, por facilitar a responsabilização do empregador, além de possibilitar o reconhecimento mais célere do direito ao benefício previdenciário.

 

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Chefes assediadores são também grandes causadores de Burnout, que muitas vezes pode levar a depressão.

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