Dentro de sua estratégia objetiva, querendo sair do campo defensivo ao ataque o mais rápido possível, Willian encaixou-se perfeitamente no esquema de Scolari, sendo um dos destaques do time campeão brasileiro - inclusive, o artilheiro do Palmeiras na campanha, com dez gols. Se retomar o nível apresentado em 2018, será o dono incontestável da posição.
Angulo, por sua vez, é uma aposta aprovada nas categorias de base. Aos 20 anos, atuou por empréstimo no time sub-20, destacando-se na Copa do Brasil da categoria e, também, no Mundial, pela Colômbia. Mostrou o estilo veloz e aberto pelas pontas que Felipão gosta. Ganhou aval para o clube pagar US$ 3 milhões ao Envigado, da Colômbia, para tê-lo em definitivo. Pode ser a alternativa que faltou ao treinador no primeiro semestre.
Scolari deu aval às chegadas de Carlos Eduardo, que veio do Pyramids, do Egito, por mais de R$ 23 milhões, e Felipe Pires, emprestado pelo alemão Hoffenheim até o final do ano. Ambos ganharam sequência na primeira fase do Campeonato Paulista, mas não convenceram. Restou ao técnico encontrar alternativas dentro do elenco, abrindo mão de seu estilo e apostando na adaptação de meias mais acostumados a tocar a bola.
A improvável solução, na estratégia inicial, deu certo. Gustavo Scarpa, Zé Rafael e Raphael Veiga alternaram-se com atuações pelos lados e tornaram-se decisivos. Assim, foram fundamentais em vitórias que fizeram o Palmeiras ter a melhor campanha tanto na Libertadores quanto no Campeonato Brasileiro. Agora, a expectativa é de que Willian, principalmente, além de Angulo consigam fazer Felipão retomar seu estilo. O segundo semestre será de partidas decisivas, nas quais o técnico costuma apostar fortemente em sua estratégia de proteção à defesa com rápidas idas ao ataque.
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