Eleições 2022
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Por Mônica Scaramuzzo, Valor — São Paulo

Na reta final da campanha presidencial, o candidato petista à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontrou na noite desta terça-feira, dia 27, com pesos-pesados da indústria e da Faria Lima. O encontro foi organizado pela Esfera Brasil, na casa de João Camargo, no bairro do Morumbi (zona oeste de São Paulo), e reuniu até empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Cerca de 100 pessoas participaram do coquetel — originalmente a lista contava com 40 convidados. Lula chegou muito atrasado — o evento estava marcado para as 18h, mas o ex-presidente chegou muito depois das 19h e muitos empresários já esperavam pelo candidato petista.

Quando chegou, Lula fez questão de tirar foto com os funcionários da casa de João Camargo na cozinha. Depois, o petista se reuniu reservadamente em uma sala com Abilio Diniz (Península e Carrefour), André Esteves (BTG Pactual), Benjamin Steinbruch (CSN), Josué Gomes (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco) e Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan), apurou o Valor com fontes a par do assunto.

Muito à vontade, Lula pediu aos empresários apoio para combater a fome e a miséria, de acordo com uma pessoa próxima à campanha do petista. Um empresário presente no "petit comité" do ex-presidente afirmou que Lula estava bastante otimista, mas evitou entrar no clima do “já ganhou”.

A casa de João Camargo estava lotada — o encontro realizado pelo Esfera com o presidente Jair Bolsonaro reuniu menos da metade dos convidados em agosto. Na casa de Camargo, também estavam os empresários Flávio Rocha (Riachuelo), Daniel Goldberg (Lumina), Isaac Sidney (Febraban), além gestores, executivos de bancos e da área da saúde, apoiadores de Bolsonaro.

Aos presentes, Lula afirmou que vai batalhar pela reforma tributária e defendeu responsabilidade fiscal, segundo uma fonte que esteve presente. Mais empolgado com os quase 100 convidados, Lula disse que ele e Alckmin vão ganhar as eleições, vão gerar emprego, investir em educação, recuperar o protagonismo internacional e vão fazer uma revolução sem dar um tiro.

Lula também disse aos convidados que não tem tempo nem idade para errar e que nunca esteve tão confiante, segundo uma pessoa que está no jantar. Até o fechamento desta matéria, o coquetel não tinha acabado.

Fontes próximas ao ex-presidente afirmaram que Lula busca em seu discurso com o setor privado reforçar que empresários e investidores precisam de segurança jurídica e previsibilidade para seus negócios.

Nos últimos dias, o ex-presidente conseguiu importantes apoios — de ex-presidenciáveis, a economistas e ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso à sua candidatura. Um dos formuladores do Plano Real, o economista André Lara Resende, deu nesta terça-feira apoio público a Lula. Outros economistas brasileiros ligados a instituições no Brasil e no exterior divulgaram uma carta defendendo o voto útil no ex-presidente.

Os ex-ministros Claudia Costin, Aloysio Nunes Ferreira, Nelson Jobim, José Carlos Dias, Paulo Sergio Pinheiro, José Gregori e Bresser-Pereira declararam também voto em Lula.

Na semana passada, oito ex-presidenciáveis também resolveram se manifestar em favor à candidatura de Lula — Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (Psol), Luciana Genro (Psol), Cristovam Buarque (Cidadania), o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (União Brasil), João Vicente Goulart (PCdoB). Fernando Haddad (PT) e candidato ao governo do Estado de São Paulo e Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente na chapa de Lula, completam a lista.

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