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TSE ordena que redes sociais removam áudio falso de Lula sobre Palocci

O TSE determinou a remoção dos posts no Twitter, Facebook, Soundcloud, Kwai e Gettr - Reprodução
O TSE determinou a remoção dos posts no Twitter, Facebook, Soundcloud, Kwai e Gettr Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

26/09/2022 16h21

O ministro Paulo de Tarso Sanverino, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou que redes sociais removam postagens com um falso áudio atribuído ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão atende a um pedido feito pela Coligação Brasil da Esperança contra Eduardo Bolsonaro (PL) e outros por propaganda eleitoral irregular na internet.

O falso áudio associava o petista à delação de Palocci e a voz chegava a ameaçar tirar a vida do ex-ministro. "Ninguém teve a competência e a coragem de acabar com esse cara", diz a voz.

Sanverino afirmou que se trata de uma imitação do ex-presidente e o áudio, portanto, não é legítimo. Desde 2017, quando foi disparado nas redes pela primeira vez, diversas agências de checagem já tinham marcado como falsas as postagens que afirmavam ser Lula o autor dos áudios.

"Na hipótese dos autos, em análise superficial, típica dos provimentos cautelares, observo que as publicações impugnadas transmitem, de fato, informação inverídica sobre discurso falsamente atribuído ao candidato da coligação representante", concluiu o ministro.

O TSE determinou a remoção dos posts no Twitter, Facebook, Soundcloud, Kwai e Gettr. Ao todo, são cerca de 50 links com atribuições falsas a Lula.

Sanseverino também entendeu que a demora na tomada de decisão sobre o caso causou prejuízo à campanha de Lula, porque o perfil de Eduardo Bolsonaro teria muita visibilidade e atingiria um público elevado.

O UOL procurou o deputado Eduardo Bolsonaro, mas até o momento não obteve retorno.

Delação de Palocci

Ex-ministro da Fazenda no governo Lula até o final de março de 2006, Antonio Palocci fez uma delação premiada em que citava os ex-presidentes Lula e Dilma. Tornada pública pelo ex-juiz Sergio Moro, as informações contidas na delação, no entanto, já foram descartadas pela Polícia Federal, porque o ex-ministro não apresentou provas de nada do que foi dito.