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Polícia de SP age contra esquema de pirâmide

Polícia de SP age contra esquema de pirâmide

A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta quinta-feira (18) uma operação contra uma empresa acusada de aplicar o golpe da pirâmide financeira em quase 4 mil pessoas.

Avenida paulista, 171. Nos últimos anos, uma empresa registrada no local movimentou mais de R$ 770 mil. Em outro prédio, na Zona Oeste de São Paulo, um escritório teria negociado milhões de reais em criptomoedas.

Os dois endereços são citados em uma investigação da Polícia Civil de São Paulo que identificou uma rede de empresas fantasmas, usadas em um esquema de pirâmide financeira.

Nesta quinta-feira (18), os policiais cumpriram 19 mandados de busca e apreensão. Os alvos eram os donos da MSK, que oferecia aplicações em criptomoedas com juros muito acima dos de mercado.

“O dinheiro das pessoas que entravam fazendo aportes era utilizado para ressarcimento daqueles que solicitavam. É a principal característica de uma pirâmide financeira. Empresas que necessitavam lavar dinheiro, aportavam dinheiro lá, compravam criptomoedas que depois eram desviadas e sabe-se lá para onde elas iam”, aponta o delegado José Mariano de Araújo Filho.

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Em 2021, a empresa anunciou o encerramento de parte das operações e se comprometeu a devolver o dinheiro de 3,8 mil pessoas. Uma promessa que, segundo os clientes, nunca foi cumprida.

O prejuízo às vítimas chega a R$ 700 milhões. A operação da polícia tinha dois objetivos: recolher mais provas do esquema e bloquear bens e valores dos envolvidos, para começar a ressarcir quem perdeu tudo o que investiu. O advogado da MSK nega irregularidades.

“Crime não houve, nem de pirâmide, nem de lavagem de dinheiro, muito menos estelionato. Muitas pessoas foram lesadas e haveremos de ressarci-las”, diz o advogado Sérgio Paulo Camargo Tarcha.

Uma mulher, que pediu para não ser identificada, tinha R$ 200 mil aplicados na MSK.

“Pelo menos o dinheiro de volta eles tem que pagar. É dinheiro trabalhado, é dinheiro que pode ser para o futuro dos meus filhos, pode ser para o meu futuro”, lamenta a vítima.

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