QUINTA, 19/05/2022, 08:07 CBN Dinheiro - Marcelo d'Agosto

Saiba se valerá a pena usar o saldo do FGTS para comprar ações da Eletrobras no processo de privatização

Economista Marcelo D'Agosto explica quais são as vantagens e os riscos de aplicar o dinheiro no negócio autorizado pelo TCU.

  • DURAÇÃO: 00:08:05

  • Copie o código abaixo para usar no seu site:

    Código copiado!

Prédio da Eletrobras. Foto: Divulgação/Eletrobras (Crédito: )

Prédio da Eletrobras. Foto: Divulgação/Eletrobras

O Tribunal de Contas da União autorizou o governo a iniciar o processo de privatização da Eletrobras. O trabalhador que possui salto no FGTS vai poder usar até 50% do valor para comprar ações da estatal. A compra se dará pelos chamados "fundos mútuos de privatização", dispositivo criado nos anos 2000 e já usado pelo governo na venda de papéis de outras estatais. Será vantajoso para o trabalhador? O economista Marcelo D'Agosto responde que é preciso analisar as condições de investimento.

'O FGTS rende menos que a poupança, mas é seguro. É preciso entender o risco do mercado de ações e as oscilações. A tendência é que a empresa melhore eficiência com a gestão privada, com menos ingerência política, e tenha um crescimento dos lucros, das receitas e da ddistribuição dos dividendos', explica.

Em março, a Caixa Econômica Federal publicou procedimentos e regras de utilização dos recursos para os trabalhadores que tenham interesse em participar de qualquer oferta de privatização autorizada no âmbito do Programa Nacional de Desestatização (PND).

Marcelo D'Agosto também fala que é preciso entender quais serão as vantagens oferecidas pelo goveno, como foram nos casos das compras de ações da Petrobras e da Vale. Ele, no entanto, faz o alerta para os riscos de usar o saldo do FGTS. Não é recomendável, por exemplo, se há um planejamento para usar o recurso em prazo de um ano. O trabalhador também pode fi

No processo de desestatização da Eletrobras, foi estabelecido um teto de R$ 6 bilhões para o uso global dos recursos do FGTS na compra de ações na oferta pública. Porém, D'Agosto também alerta que será feito um rateio se as aplicações superarem esse teto.