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Ministério Público investiga ataque de policiais militares à Batalha de Rap em Cabo Frio (RJ)

Policiais atiraram contra equipamento de som do evento em meio às crianças presentes no dia 5 de maio

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*

MP-RJ vai investigar ataque da PM à Batalha de Rap em Cabo Frio
MP-RJ vai investigar ataque da PM à Batalha de Rap em Cabo Frio MP-RJ vai investigar ataque da PM à Batalha de Rap em Cabo Frio

O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou um inquérito, na última sexta-feira (13), para apurar o ataque da Polícia Militar a uma Batalha de Rap em Cabo Frio, na Região dos Lagos. No dia 5 de maio, agentes do batalhão da região dispararam contra o equipamento de som em meio à presença de crianças que participavam do evento, no bairro Manoel Corrêa.

De acordo com os organizadores da roda de rima, os agentes teriam justificado a ação truculenta afirmando que “cultura é só na escola”, “rap é coisa de vagabundo” e “lugar de criança é em casa e não na praça fazendo rap”. Para o promotor de Justiça Vinícius Lameira, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio, o objetivo do procedimento é atuar em defesa da liberdade de manifestação cultural dos jovens. 

"Iremos ouvir os organizadores do evento, o comandante do Batalhão da PM e tentar desenvolver, conjuntamente, um protocolo de atuação da polícia quando estiverem sendo realizados eventos dessa natureza em comunidades do município", afirmou o promotor.

A Prefeitura de Cabo Frio informou ao R7 que a ação desses policiais contraria todos os esforços da administração municipal, para garantir o acesso da população jovem à cultura e ao lazer.

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"Não podemos admitir que famílias inteiras sejam humilhadas e expulsas do espaço público. O disparo de tiros em um ambiente repleto de crianças é uma atitude irresponsável e que não pode ficar impune. O estado deve garantir a liberdade dos cidadãos e preservar vidas, jamais atentar contra a sua própria população", destacou. 

Na última terça-feira (10), as Rodas de Rima e Batalhas de Rap foram reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade, pela aprovação do Projeto de Lei 242/2022 do vereador Davi Souza (PDT). A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanha o caso, e a Polícia Civil investiga. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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