Por Matheus Maciel e Lilian Ribeiro, GloboNews


Vacinas infantis são destinadas à crianças que têm de 5 a 11 anos de idade — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O número de crianças até 9 anos de idade contaminadas pela covid-19 nos primeiros 26 dias do ano na cidade do Rio de Janeiro já é quase o dobro (91,8%) do somatório de casos detectados dessa mesma faixa etária ao longo de 2020 e 2021.

Ou seja, enquanto ao longo dos últimos dois anos inteiros foram detectados 5.235 casos, só em 2022 já há 10.047 contaminações confirmadas desse público infantil.

Se o número de novos casos em crianças até 9 anos mantiver o atual ritmo de crescimento, o mês de janeiro vai terminar com mais do que o dobro de casos detectados ao longo de 2020 e 2021.

A alta testagem implementada pela Prefeitura em postos de saúde por toda a cidade e o avanço da ômicron em toda a capital fluminense são alguns dos principais fatores.

A alta também é notada na faixa etária entre 10 e 19 anos de idade. Nesse caso, 2022 acumula um resultado de casos 22% superior ao montante de 2020 e 2021 juntos. Ao longo dos anos anteriores a soma de casos chega a 11.317, já até essa quarta-feira são 13.875 casos só em 2022.

No total de casos de 2022, a capital fluminense já registra 207.192 casos. O montante se aproxima do total de contaminações confirmadas ao longo de todo o primeiro ano de pandemia, em 2020, quando o Rio registrou 218.008 casos de covid-19.

O alento aos cariocas é justamente no número de óbitos. Enquanto 2020 teve 18.971 mortes e uma taxa de mortalidade de 284.8 por 100 mil habitantes, 2022 registra até o momento apenas 135 óbitos, com uma taxa de 2 mortes por 100 mil habitantes.

'Adesão muito baixa', diz secretário

Na capital, a vacinação para crianças de 11 anos começou no dia 17 de janeiro. Entretanto, apenas 60% das pessoas nessa idade se vacinaram.

Na manhã desta quarta-feira (26), o secretário Daniel Soranz pediu que os pais levem os filhos para serem vacinados e que os imunizantes autorizados pela Anvisa para uso nos pequenos, da Pfizer e a CoronaVac, são seguros.

“A gente precisa que os pais tragam os filhos para serem vacinados. A gente teve uma adesão muito baixa nessa primeira semana, mas também tinha poucas vacinas, tivemos algumas fake news sobre supostos efeitos adversos que não se confirmaram", disse o secretário.

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