Por que a Playboy apoia mulheres que acusam fundador da revista, Hugh Hefner
Uma nova série documental de 10 episódios dos EUA acusa Hefner - que morreu em 2017 aos 91 anos - de coagir e drogar mulheres para fazer sexo na mansão Playboy e em boates.
Ex-namoradas descrevem o icônico editor como "como um vampiro" que "sugou a vida" de meninas jovens.
A empresa está se comprometendo a "ouvir e aprender ativamente" com as mulheres.
"A Playboy de hoje não é a Playboy de Hugh Hefner", disse uma carta aberta publicada no fim de semana.
"Confiamos e validamos essas mulheres e em suas histórias e apoiamos fortemente as pessoas que se apresentaram para compartilhar suas experiências."
Divulgando sua marca "sexualmente positiva" e "força de trabalho predominantemente feminina", a Playboy acrescentou que "continuaria a confrontar quaisquer partes de nosso legado que não reflitam nossos valores atuais".
A série Secrets of Playboy estreou na A&E Network no dia 24 de janeiro.
Nela, veteranos e ex-namoradas contam uma atmosfera "de culto" em torno do homem conhecido pelos fãs como "Hef".
"As mulheres foram preparadas e levadas a acreditar que faziam parte da família dele", disse Miki Garcia, ex-diretora de promoções da Playmate, que afirma ter visto muitas Playmates tendo overdoses de drogas.
Holly Madison, que namorou Hefner por oito anos e se tornou sua "especial", descreveu o estilo de vida dele como "um ciclo de coisas nojentas" que a levou a beber muito e considerar tirar a própria vida.
Madison se mudou para a mansão aos 21 anos, mas diz que Hefner "lavou o cérebro" dela e a controlou a ponto de ela ter medo de sair.
'Não éramos nada para ele'
"Eu via menina após menina aparecer, de rosto jovem, adorável e ver essa beleza simplesmente desaparecer. Nós não éramos nada para ele", disse Sondra Theodore, uma ex-modelo e atriz que namorou Hefner nos anos 1970 e 1980.
Ela alegou que a mansão hospedava eventos de sexo grupal, regados a drogas, cinco noites por semana.
Em uma tradição de quinta-feira à noite, conhecida como "Pig Night", as trabalhadoras do sexo ("porcas") seriam supostamente examinadas por um médico e depois usadas para sexo pelos amigos VIP de Hefner.
Theodore, agora com 65 anos, disse que Hefner oferecia cocaína e que o pó era tão abundante na casa que os cães ficaram viciados em lambê-lo do chão.
Um ex-assistente executivo de Hefner disse que mantinha um estoque de sedativos que ele chamava de "abridores de pernas".
O programa também detalha pelo menos três mortes trágicas no auge da publicação.
Hefner fundou a Playboy em 1953. Ela tornou-se a revista masculina mais vendida do mundo, com uma tiragem de 7 milhões de cópias por mês em seu auge.
A empresa parou de imprimir a revista e voltou a ser cotada no mercado de ações em 2020.
Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimos sua autorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a política de uso de cookies e os termos de privacidade do Google YouTube antes de concordar. Para acessar o conteúdo clique em "aceitar e continuar".
Final de YouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimos sua autorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a política de uso de cookies e os termos de privacidade do Google YouTube antes de concordar. Para acessar o conteúdo clique em "aceitar e continuar".
Final de YouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimos sua autorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a política de uso de cookies e os termos de privacidade do Google YouTube antes de concordar. Para acessar o conteúdo clique em "aceitar e continuar".
Final de YouTube post, 3