O Brasil recebeu o convite formal para iniciar o processo para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado grupo de países ricos. Ministros do governo federal discursaram, nesta terça-feira, 25, em comemoração à iniciativa. Vale lembrar que a decisão final ainda pode levar anos.
Nas redes sociais, a Secretaria de Comunicação (Secom) destacou que o grupo reúne as nações mais avançadas, livres e democráticas do mundo. O governo Bolsonaro sempre demonstrou interesse oficial em fazer parte da organização internacional, apesar de as relações se manterem desde a década de 1990.
“A decisão reflete o compartilhamento do nosso país pelos valores fundamentais da OCDE, a defesa da democracia, das liberdades, da economia de mercado, da proteção do meio ambiente e dos direitos humanos como prioridade comum do nosso país e da organização”, discursou Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil.
Ministro comenta os próximos passos
O ministro Carlos Alberto França, das Relações Exteriores, determinou a criação de uma unidade para se dedicar exclusivamente às questões da OCDE com a formação de novos quadros do Itamaraty e diplomacia econômica, apoiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) e Ministério da Economia.
“Determinei, também, a formação de uma equipe de negociadores que coordenará as negociações com a OCDE do roteiro de acessão, que envolverá várias áreas de exames de acessão. Tem ainda o fortalecimento da delegação permanente que o Brasil criou na OCDE em 2018”, apontou o ministro.
Paulo Guedes, ministro da Economia, exaltou a participação do Brasil em entidades internacionais como o Brics (grupo dos países emergentes) e G20 (maiores economias do mundo), além do convite formal para o ingresso à OCDE.
“Nós somos o único país que está nessas três grandes dimensões institucionais da economia mundial. Isso é significativo porque somos uma nação multicultural, a segunda maior democracia do ocidente, uma das 10 maiores economias de mercado do mundo, uma potência verde e digital”, descreveu o chefe da Economia.
Finalidade da OCDE
O papel da OCDE é criar projetos que possam melhorar as políticas públicas em diversas áreas nos 37 países-membros. Setores como política econômica, trabalho, ciência e tecnologia, educação, meio ambiente e comércio estão entre as prioridades da entidade. Atualmente, o Brasil é considerado apenas um “parceiro-chave”.
