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Tensão na Ucrânia: EUA se dizem prontos para impor ‘sanções massivas’ à Rússia

‘Esta não é mais uma resposta gradual. Desta vez vamos começar no topo da escala (de sanções) e ficar lá’, ameaçou um alto funcionário da Casa Branca

Joe Biden e Vladimir Putin. Fotos: AFP
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Os Estados Unidos alertaram a Rússia nesta terça-feira 25 para uma possível imposição de sanções “pesadas”, em caso de um ataque à Ucrânia, incluindo restrições a exportações. Washington também advertiu Moscou de que tentar transformar sua indústria de petróleo e gás em arma seria contraproducente.

“Estamos preparados para impor sanções com consequências massivas” que vão muito além das aplicadas em 2014, quando Moscou anexou a Crimeia, disse um alto funcionário da Casa Branca que pediu anonimato.

“Esta não é mais uma resposta gradual. Desta vez vamos começar no topo da escala (de sanções) e ficar lá”, ameaçou.

Os Estados Unidos planejam, de acordo com esta fonte, proibir a exportação de tecnologia americana e “potencialmente de alguns produtos fabricados no exterior que se enquadram nas regulamentações dos EUA” para a Rússia.

“As opções de controle de exportação que estamos considerando com nossos aliados seriam um duro golpe para as ambições de Putin de industrializar sua economia e afetariam setores importantes para ele, como, por exemplo, inteligência artificial, computação quântica, defesa, aeroespacial e outros”, explicou o funcionário.

Ele garantiu também que a Rússia seria afetada por fortes sanções financeiras e que, nessa área, há uma “convergência” com os europeus.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já anunciou que está considerando proibir os bancos russos de transações em dólares, a moeda predominante no comércio internacional.

O funcionário mencionou ainda um ponto delicado: o fornecimento de hidrocarbonetos russos e, em particular, de gás natural. Os europeus temem que a Rússia feche a torneira. O gás natural russo responde por mais de 40% do fornecimento da União Europeia.

“Acreditamos que estamos preparados para encontrar suprimentos alternativos que cubram uma maioria significativa dos possíveis cortes” na entrega de gás russo, e isso até a primavera, disse o alto funcionário.

“Trabalhamos com países e empresas de todo o mundo para garantir a segurança do abastecimento e mitigar o impacto nos preços”, acrescentou.

Washington e os europeus procuram “identificar volumes adicionais de gás natural vindos de várias partes do mundo, norte da África, Oriente Médio, Ásia e Estados Unidos”.

O funcionário também assegurou que o uso de energia como arma pode prejudicar Vladimir Putin: a Rússia “precisa da receita de gás e petróleo tanto quanto a Europa precisa de seus suprimentos de energia”.

Os Estados Unidos estão aumentando a pressão sobre Moscou, na esperança de dissuadi-la de atacar a Ucrânia, e colocaram milhares de soldados americanos de prontidão para reforçar as tropas da Otan.

As forças armadas russas lançaram uma nova série de exercícios perto da Ucrânia e na Crimeia anexada nesta terça-feira.

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