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As principais perguntas dos pais sobre as vacinas da Covid para crianças

Com a chegada dos primeiros lotes, as buscas na internet por informações referentes à vacinação dos pequenos dobraram em uma semana

Por Chloé Pinheiro
24 jan 2022, 20h05

Como era de se esperar, o início da vacinação infantil contra a Covid-19 gerou um aumento repentino de interesse (e uma porção de dúvidas) sobre o tema. De acordo com o Google, as buscas relacionadas ao termo “vacina e crianças” dobraram durante a semana de 9 a 15 de janeiro.

Os resultados dão pistas ainda da disposição dos pais para vacinar os filhos, a despeito das campanhas de desinformação em curso. As buscas por “pré-cadastro vacina infantil” cresceram dez vezes desde o anúncio da chegada do primeiro lote. 

Além disso, no período, o Brasil se tornou um dos dez países que mais realizou pesquisas sobre doses para crianças em todo o mundo. A seguir, respondemos às cinco perguntas mais digitadas na ferramenta:  

Como fazer o cadastro para vacinar as crianças? 

Grande parte das prefeituras e governos estaduais disponibilizam sites para o pré-cadastro, como aconteceu com os adultos. Em São Paulo, é o Vacina Já. Basta inserir os dados dos pais ou responsáveis e as informações de contato. 

No dia da picada, é necessária a presença de um responsável pela criança e a apresentação do documento de identidade. Também é recomendado levar a carteira de vacinação. 

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+ Leia também: Tire 7 dúvidas sobre isolamento e testagem por Covid-19

O que os pediatras falam sobre a vacina da Covid-19? 

Todas as autoridades de saúde e os grupos de médicos envolvidos no combate à Covid apoiam a vacinação infantil. A Sociedade Brasileira de Pediatria enviou uma nota técnica à Anvisa recomendando a liberação, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a de Infectologia (SBI).

A principal razão é a proteção da própria criança. Os mais novos também podem ter quadros graves e morrer de Covid-19 – lembrando que há risco de a doença causar sequelas –, embora isso não seja tão comum. 

Além disso, os mais novos estão, neste momento, entre os mais suscetíveis à super transmissível variante Ômicron, justamente por não estarem imunizados ainda. Quanto maior o número de infectados, maior o risco desses “casos raros” de quadros severos e óbitos acontecerem no público infantil. 

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Por fim, espera-se que, com mais pessoas vacinadas, seja mais fácil controlar a circulação do vírus. 

+ Leia também: Covid: como funcionam as vacinas de RNA usadas nas crianças

O que se sabe sobre a vacina em crianças? 

Nos estudos, tanto a Comirnaty (Pfizer) quanto a Coronavac demonstraram ser seguras para crianças. Também são eficazes, garantindo uma proteção superior a 90% contra hospitalizações e óbitos. Os efeitos colaterais, em sua maioria, são os já esperados para vacinas, como febre e dor no local da aplicação. 

A Coronavac é uma vacina de vírus inativado, uma tecnologia antiga, similar à do imunizante da gripe, onde o vírus é apresentado “morto” ao organismo – portanto, incapaz de causar doença.

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A dose da Pfizer é mais moderna, feita com RNA mensageiro, uma molécula sintética, que se degrada rapidamente e é considerada uma revolução na medicina

Os dados de vida real confirmam o que aconteceu nos ensaios. Mais de 8 milhões de crianças nos Estados Unidos tomaram as vacinas de RNA mensageiro, como as da Pfizer. E, só no Chile, 3 milhões de crianças maiores de três anos receberam a Coronavac. Na China, 150 milhões de meninos e meninas foram vacinados.

Nos Estados Unidos, todos os casos de síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C) ocorridos entre julho e dezembro de 2021 acometeram crianças não vacinadas. Trata-se da pior complicação da Covid-19 nos mais novos.

Por outro lado, nenhum óbito foi relacionado à vacina e houveram poucos casos de miocardite, a reação adversa rara e controlável das doses de RNA. Mais de 30 países no mundo já estão imunizando as crianças. 

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O que a vacina pode causar nas crianças? Quais são as reações adversas? 

O cálculo de risco e benefício, neste caso, é muito favorável à vacina, pois os eventos adversos são geralmente leves e controlados, bem diferente do que pode acontecer ao contrair Covid-19.

Nenhuma criança morreu por causa da vacina, mas o coronavírus matou mais de 1 400 menores de 18 anos no Brasil em um ano. 

A miocardite é a reação mais digna de nota. Trata-se de uma inflamação cardíaca, que é considerada um evento extremamente raro e tratável – diferente da miocardite provocada pelo coronavírus, que é mais comum, pode ser fatal e ainda está sendo elucidada pela ciência.

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Em relação à Coronavac, a Anvisa detectou uma incidência baixa de reações adversas importantes – em alguns estudos, elas sequer ocorreram. 

Quando o Brasil vai vacinar crianças? 

Teoricamente, já está vacinando. Ocorre que a distribuição das doses enfrentou problemas, como o atraso na entrega do Ministério da Saúde para os Estados. São necessárias 40 milhões de doses para imunizar todas as crianças entre 5 e 11 anos. 

O governo encomendou 20 milhões de doses com a Pfizer para o primeiro semestre, sendo que pouco mais de 2 milhões já chegaram e mais 9 milhões cheguem até fevereiro. Uma possibilidade para acelerar a campanha é a Coronavac, que agora está aprovada pela Anvisa também, mas ainda não foi negociada com a pasta. 

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