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60 mil assinam manifesto contra recomendação a favor do uso da cloroquina

Ação do STF pede afastamento de secretário do Ministério da Saúde que assinou nota técnica

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 Mesmo com as críticas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou a polêmica
Mesmo com as críticas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou a polêmica
Foto: Reuters

Mais de 60 mil assinaturas já foram recolhidas pelo abaixo-assinado criado por professores da Universidade de São Paulo, além de outras instituições brasileiras, contra a nota técnica do Ministério da Saúde que defende o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra  a Covid-19.

Os cientistas afirmam que ficaram perplexos com o documento, e que causa enorme preocupação o fato do Ministério estar "sob a posse da ideologia, da desinformação e, principalmente, da ignorância."

Além de defender que a hidroxicloroquina tem efetividade contra a Covid-19, a nota técnica assinada pelo Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, afirma também que não existem evidências de que as vacinas funcionam contra a doença.

 O texto caiu muito mal na comunidade científica nacional, e o professor da Universidade de São Paulo, Carlos Carvalho, afirmou que a nota técnica descarta todo o trabalho coordenado por ele.

 Mesmo com as críticas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou a polêmica e disse que o caso cabe recurso.

Depois desse episódio, a Associação Médica Brasileira soltou um comunicado criticando o ministro, dizendo que Queiroga desperdiça tempo, endossa tratamentos ineficazes e protela a vacinação, o que causa indignação e temor.

Além disso, a Rede Sustentabilidade entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo, entre outras coisas, a anulação dessa nota técnica e o afastamento de Hélio Angotti Neto do cargo.

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