“França só não será candidato a governador de São Paulo se ele não desejar”, diz Siqueira “França só não será candidato a governador de São Paulo se ele não desejar”, diz Siqueira
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“França só não será candidato a governador de São Paulo se ele não desejar”, diz Siqueira

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Wilson Lima
5 minutos de leitura 23.01.2022 16:00 comentários
Brasil

“França só não será candidato a governador de São Paulo se ele não desejar”, diz Siqueira

Na última quinta-feira (20), o PSB retomou as conversas com o PT tanto para a formalização de uma aliança em torno de Lula quanto para a instituição de uma federação partidária. Como mostramos, o partido já sinalizou que vai apoiar a candidatura de Lula...

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“França só não será candidato a governador de São Paulo se ele não desejar”, diz Siqueira
Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB. Crédito: Humberto Pradera

Na última quinta-feira (20), o PSB retomou as conversas com o PT tanto para a formalização de uma aliança em torno de Lula quanto para a instituição de uma federação partidária.

Como mostramos, o partido já sinalizou que vai apoiar a candidatura do ex-presidente, mas tem exigido que os petistas abram mão de candidaturas ao governo em estados-chave, entre os quais: São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O PT já admite nos bastidores que vai resistir apenas em São Paulo. O presidente do PSB, Carlos Siqueira (foto), confirma que o partido também não pretende renunciar ao maior colégio eleitoral do país.

Já disse e reafirmo: Márcio França só não será candidato a governador de São Paulo se ele não desejar, ou se ele desistir, o que eu acho muito difícil, porque a cada dia ele reafirma a sua vontade”, disse ele em entrevista a O Antagonista.

Sobre as federações, Siqueira afirmou que vai trabalhar pelo consórcio de siglas, mas admitiu que, pela complexidade do tema, dificilmente os partidos de esquerda chegarão a um acordo.

Na quarta-feira que vem, o PSB vai se reunir com PT, Rede e PCdoB para iniciar a elaboração de um estatuto conjunto da federação de esquerda.

É um instituto novo, complexo, muito difícil de se chegar a uma solução razoável para todos”, declarou.

Leia os principais trechos da entrevista:

Na última quarta, o PSB voltou a conversar com o PT em torno de uma aliança nacional. Existe alguma chance de o PSB não estar com o PT em um palanque com o Lula para as eleições deste ano?

Eu acho que dificilmente isso ocorrerá [não estar no palanque]. O quadro que está estabelecido, e que tende a continuar assim, é a polarização entre o Bolsonaro e o Lula. Nesse quadro, evidentemente, o Lula reúne melhores condições políticas e eleitorais, sobretudo eleitorais, para fazer o enfrentamento [do bolsonarismo].

Nós não estamos criando uma dificuldade, muito pelo contrário. Estamos criando as possibilidades [de aliança]. O que precisamos é da compreensão do PT para que o partido possa entender também a necessidade de, ao invés de disputar com o seu principal aliado na esquerda os governos estaduais, nos apoiar nos estados em que nós precisamos. Já estamos apoiando eles nos estados que eles precisam – Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí – além do possível apoio a Lula.

Na maior parte dos palanques regionais, aparentemente os conflitos estão equacionados: Pernambuco e Espírito Santo. Mas a questão nevrálgica é São Paulo. O PSB pode abrir mão da candidatura de Márcio França?

Não. Já disse e reafirmo: Márcio França só não será candidato a governador de São Paulo se ele não desejar, ou se ele desistir, o que eu acho muito difícil, porque a cada dia ele reafirma a sua vontade. Se ele tiver vontade, é o que vai acontecer. Se ele continuar firme, e eu acho que vai continuar, ele vai ser candidato sim.

O senhor acha que essa disputa por São Paulo pode impactar na formação da aliança nacional com o PT?

Problema não pode dar. Agora, é uma dificuldade que eles nos criam e eu acho que é ruim o Lula ter dois palanques em São Paulo, mas essa é uma opção deles. Nós temos a autonomia de ter o nosso candidato, eles naturalmente têm a deles. Eles optam se a prioridade é a disputa regional ou a nacional. Esse é um direito do PT.

Em outros anos, houve conversas com o PT para alianças e que não deram certo. Em 2020, houve uma disputa intensa com o PT pela prefeitura de Recife e isso deixou marcas no partido. Há algum sentimento de desconfiança em relação ao PT? O PSB vai endurecer nas negociações?

Não se trata de desconfiança. O PT tem o perfil de ser um partido diferente do nosso e tem autonomia, como nós temos igual autonomia, de tomar suas decisões. Nós temos é de ter firmeza em relação aos nossos projetos e nós teremos. Agora, a posição do PT  nós vamos respeitar sem problema algum.

E federação partidária? Os senhores vão pedir tempo ao TSE para tentar homologar uma frente com o PT, Rede, PCdoB. Hoje, de 0 a 10, qual é a chance dessa federação sair do papel, visto que o prazo é exíguo e há muitos detalhes a serem acertados como estatuto, por exemplo?

Eu não faço esse tipo de avaliação de 0 a 10, mas digo que é um instituto novo, complexo, muito difícil de se chegar a uma solução razoável para todos os partidos que a compõe [a federação], mas vamos fazer um esforço. Se conseguir, muito bem. Se não conseguir, cada um cuida da sua vida, a marcha continua e isso não impede a aliança nacional. A aliança nacional não está em questão.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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