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Lupi: ‘Brizola foi um homem de convicções que sempre defendeu as minorias’

Presidente do PDT, Carlos Lupi, faz uma análise sobre o legado de Leonel Brizola e diz que candidatura de Ciro é "necessidade para o PDT e o Brasil"

Por Felipe Mendes Atualizado em 23 jan 2022, 13h26 - Publicado em 22 jan 2022, 23h46

Leonel de Moura Brizola, que completaria 100 anos neste sábado, 22, teve seu nome lembrado por diversas homenagens durante o dia. Em uma delas, as redes sociais do Partido Democrático Trabalhista, o PDT, exibiram uma série documental sobre os feitos do ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Presidente do PDT, que foi tesoureiro e fiel-escudeiro de Brizola, Carlos Lupi diz que seu legado está vivo dentro dos atuais interesses do partido, apesar das críticas de dissidentes da sigla, e que o avanço da pandemia de Covid-19 no país evitou uma celebração maior pelo centenário do político.

“O Brizola foi um homem de convicções a vida toda. Ele era essencialmente um nacionalista. Um homem que tinha convicções profundas sobre o papel de um Estado eficiente, da defesa dos trabalhadores e de uma prioridade absoluta para educação de qualidade para as nossas crianças. Passou a vida pública inteira defendendo as minorias e a democracia”, diz Lupi. “As teses que ele defendeu continuam muito atuais e necessárias. E nós procuramos, enquanto partido, promulgá-las, divulgá-las e defendê-las.”

Nascido em Carazinho, no Rio Grande do Sul, Brizola foi um dos políticos mais notáveis dentro da esquerda. Antes de ingressar na política e de formar-se como engenheiro civil, foi engraxate, ascensorista e servidor público. Foi candidato à presidência em 1989, quando recebeu 11,6 milhões de votos e, por uma diferença mínima, não se qualificou para a disputa do segundo turno daquela eleição. Herdeiro de um legado trabalhista deixado pelos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, Brizola é, ainda hoje, o único político com a marca de ter governado dois estados distintos no país. “Foram 60 anos de vida pública com defesas que permanecem atuais”, diz Lupi.

Para o presidente do PDT, o presidenciável Ciro Gomes também pode ser considerado um herdeiro dessa dinastia no partido. Em convenção nesta sexta-feira, 21, Ciro teve sua candidatura para as eleições deste ano oficializada. “A candidatura do Ciro é uma necessidade para o PDT e para o Brasil”, afirma Lupi, que projeta um crescimento do partido no número de parlamentares. “A maior prova que a gente está no caminho certo é que quando eu assumi o partido, em 2004, quando o Brizola morreu, tínhamos oito deputados federais. Hoje, nós temos 28, e na próxima vamos fazer 35″, aposta. Pode marcar aí”.

Lupi diz, ainda, que a pandemia comprovou a necessidade de um “Estado eficiente” e destacou o empenho do Sistema Único de Saúde, o SUS, para a bem-sucedida vacinação dos brasileiros contra a Covid-19. “Apesar de um governo ‘negacionista’ e da ignorância do [presidente Jair] Bolsonaro, está provado que o Estado deve ser presente naquilo que é essencial para a sociedade. Se não fosse o SUS, nós teríamos um agravamento muito maior da pandemia no país”. Lupi enfatiza que a defesa dos trabalhadores estará no centro da campanha de Ciro e que o plano de governo apresentado pelo presidenciável em 2018 será atualizado. “O mundo está em movimento. Temos de analisar as novas formas de trabalho a distância que ganharam força na pandemia”, exemplifica. “Quem não se atualiza acaba quem nem poste, né? Parado no tempo.”

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