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    CNN Sinais Vitais

    CNN Sinais Vitais mostra o passo a passo para um transplante de coração

    Episódio, que será exibido na quarta-feira (19), contará histórias de vidas que foram transformadas com a chegada de novos corações

    Da CNN

    em São Paulo

    Em uma cirurgia inédita, um paciente de 57 anos com doença cardíaca terminal recebeu um transplante bem-sucedido de um coração de porco geneticamente modificado. O paciente permanece bem e em observação após o procedimento.

    A operação foi realizada por especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, no Centro Médico da universidade, nos Estados Unidos.

    Nesta semana, o CNN Sinais Vitais mostra o passo a passo para a realização de um transplante de coração comum, da captação do órgão humano até a chegada ao hospital. O episódio contará também histórias de vidas que foram transformadas com a chegada de novos corações, após a espera na lista de transplantes.

    A reprise do episódio vai ao ar nesta quarta-feira (19), às 22h30, logo após o Jornal da CNN, na faixa nobre da CNN Brasil.

    Participam do programa os cardiologistas Fábio Jatene, diretor da divisão de cirurgia cardiovascular do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo; João David de Souza Neto, coordenador da Unidade de Transplante do Hospital de Messejana, de Fortaleza, e Nadine Clausell, presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

    Conscientização sobre a doação de órgãos

    O especialista do Incor, Fábio Jatene, avalia que um dos maiores desafios para a realização de transplantes de coração é manter o doador vivo. “O doador é um paciente que sofreu um problema gravíssimo irreversível neurologicamente. Em pouco tempo, seu coração vai parar de funcionar. Nós temos que ser muito ágeis exatamente nesse momento: entre a autorização e a realização do transplante”, explicou (veja entrevista no vídeo acima).

    Segundo Jatene, a quantidade de doadores de órgãos disponível no Brasil ainda é um problema para a realização das operações. “De maneira geral, metade dos órgãos que poderiam ser doados são de fato doados. Apesar de mudanças na legislação que foram ocorrendo ao longo dos anos, existe a necessidade de autorização da família”, disse.

    Para ele, a conscientização da população é fundamental. “É preciso que as pessoas entendam que transplante é uma forma efetiva de tratar. Pessoas transplantadas voltam a trabalhar, a fazer esporte, voltam a ter participação familiar e social”, afirmou.

    O papel do SUS nos transplantes no Brasil

    O Sistema Nacional de Transplantes foi criado em 1997 e integra as secretarias de Saúde de todos os estados e municípios, em uma estrutura coordenada para centralizar a notificação das doações de órgãos.

    “O Brasil tem o Sistema Nacional de Transplantes, em que o Sistema Único de Saúde (SUS) custeia o maior programa de transplantes do mundo pelo setor público. Isso tem que ser muito valorizado e trazido à tona como uma necessidade de realmente trazer uma melhora da saúde da nossa população. Oferecer transplantes é oferecer vida”, disse Nadine.

    O Hospital de Messejana, em Fortaleza, no Ceará, é referência em transplante de coração para as regiões Norte e Nordeste. Desde a criação do programa de transplantes, em 1997, já foram realizadas 501 operações. “Sempre tivemos uma visão muito otimista aqui no hospital, com o intuito de estimular transplantes em estados que não realizavam”, afirmou João David.

    No entanto, o especialista ressalta que a pandemia levou a uma queda no número de operações.

    (Publicado por Lucas Rocha, da CNN)