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Globo, Prime Video, Star+ e HBO Max: a guerra no streaming esportivo

Ciranda dos direitos de transmissão esportiva tende a acirrar a disputa pelo bolso do consumidor

Por Felipe Mendes Atualizado em 16 jan 2022, 13h53 - Publicado em 16 jan 2022, 13h37

O ano de 2022 começou agitado no mundo do marketing esportivo. Na disputa pelo bolso do consumidor, as plataformas de streaming estão investindo pesado em novos conteúdos esportivos. Depois da estreia da Star+, a plataforma de conteúdo ‘adulto’ da Disney que é recheada de direitos esportivos de campeonatos mundo afora, a Amazon firmou uma parceria importante para este ano: por meio do aplicativo Prime Video, a multinacional irá transmitir jogos da Copa do Brasil, maior torneio ‘mata-mata’ entre clubes de futebol brasileiros. Para isso, a empresa chegou a um acordo com a Globo, que sublicenciou os direitos de 36 partidas, sendo 30 exclusivas. A estratégia da Globo, no fim, é gerar um ‘ganha-ganha’: além de abater parte dos 350 milhões de reais pagos a CBF pela competição, um maior interesse dos assinantes do Prime Video em conteúdos esportivos pode beneficiar a emissora de outra forma, já que utiliza o Prime Video para ofertar a assinatura de seu canal de pay-per-view esportivo, o Premiere.

Já a concorrente WarnerMedia, dona da HBO Max, não ficou atrás e arrematou os direitos do Campeonato Paulista, o principal estadual do país. O contrato da empresa, que já detém os direitos de transmissão da UEFA Champions League, valerá de 2022 a 2025. O torneio também será transmitido pelo YouTube e pela RecordTV, após uma longa dinastia da Globo. Para o especialista Ivan Martinho, professor de pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), as plataformas terão o desafio de atrair os consumidores num primeiro momento. “O primeiro desafio dessas plataformas será ‘educar’ o torcedor brasileiro. As pessoas acostumaram-se a assistir futebol na Globo, quarta-feira à noite e domingo à tarde. É difícil mudar isso de uma hora para outra. Ou seja, vai ter um desafio de contar para a audiência onde o jogo do time que ela torce estará disponível”, aponta.

Martinho vê a Star+ bem posicionada nessa disputa devido à gama de opções disponíveis em sua plataforma. Nessa ‘guerra’, quem tiver mais caixa para investir deve reter mais clientes. “As disputas pelos direitos esportivos tendem a aumentar à medida em que aumentam as plataformas. O esporte ao vivo tem muito valor”, reitera. “É uma disputa entre quem tem mais fôlego de investimentos. As plataformas internacionais têm, em tese, mais condições de passar por essa fase. Mas um único player não conseguirá fazer tudo sozinho”. Nesse sentido, a Dazn, primeiro streaming somente de esportes a chegar ao país, tem sido ‘esvaziada’ e pode ter de encerrar sua operação nacional.

Por fim, Martinho acredita que a ‘lei do mandante’, aprovada via Congresso em 2021, que permite com que os clubes negociem de forma independente seus direitos de transmissão, já dá sinais de desgaste. Recentemente, a Globo firmou acordo para transmissão de jogos apenas dos três principais clubes na disputa do Campeonato Mineiro: América, Atlético e Cruzeiro. Para o especialista, essa estratégia tende a enfraquecer o campeonato. “Na lei do mandante, se houver uma negociação independente, quem perde é o futebol, quem perde é o produto”, afirma. “A lei do mandante deveria dar uma chance de os clubes fazerem uma negociação em bloco, que é a única forma de fortalecer o campeonato.”

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