Por g1


Média móvel de casos tem alta de 792%

Média móvel de casos tem alta de 792%

O Brasil registrou neste sábado (15) 49.459 novos casos conhecidos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 22.975.323 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 68.074 - é o 3º dia consecutivo que esse número fica acima de 60 mil. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +792%, indicando tendência de alta nos casos da doença.

Média móvel de casos conhecidos — Foto: Arte/g1

Brasil, 15 de janeiro

  • Total de mortes: 621.007
  • Registro de mortes em 24 horas: 160
  • Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 147 (variação em 14 dias: +49%)
  • Total de casos conhecidos confirmados: 22.975.323
  • Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 49.459
  • Média de novos casos nos últimos 7 dias: 68.074 por dia (variação em 14 dias: +792%)

Em seu pior momento, a curva da média móvel nacional de casos chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho de 2021.

O país também registrou 160 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 621.007 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 147. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +49%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.

Oito estados não tiveram registro de morte neste sábado: AC, AL, AM, AP, PB, RR, ES, PR.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Instabilidade nos sistemas

Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4 de janeiro.

Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.

Em janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, no dia 7 de janeiro, normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações estava sido gradual.

Apagão de dados do Ministério da Saúde completa um mês

Apagão de dados do Ministério da Saúde completa um mês

Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem pesquisadores.

"A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.

"A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem", afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.

Curva de mortes nos estados

  • Em alta (15 estados): SP, RO, PA, SE, MT, MS, AM, BA, AC, MA, PI, MG, RN, TO, PR
  • Em estabilidade (5 estados): AL, GO, AP, ES, SC
  • Em queda (5 estados): CE, PB, RR, PE, RJ
  • Não divulgaram (1 estado e o DF): RS

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências da pandemia).

Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta, estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados.

Veja a situação nos estados

Estados com óbitos por Covid em alta — Foto: g1

Estados com número de óbitos em estabilidade — Foto: Arte/g1

Estados com número de óbitos em queda — Foto: Arte/g1

Consórcio de veículos de imprensa

Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre g1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal (saiba mais).

Números da pandemia — Foto: Editoria de Arte/G1

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!