Por g1 Vale do Paraíba e Região


Evandro Bezerra Silva efoi condenado por participação no assassinato de Mércia Nakashima em 2010 — Foto: Arquivo/Grizar Júnior/AE /Arquivo Pessoal

O vigia Evandro Bezerra Silva, condenado por ser cúmplice de Mizael Bispo de Souza na morte da advogada Mércia Nakashima, deixou a prisão nesta sexta-feira (14).

Evandro foi condenado a 17 anos de prisão em 2010 pelo envolvimento na morte da advogada, mas passou a cumprir pena apenas em 2012. Desde então cumpre pena na Penitenciária II de Tremembé. Nela, cumprem penas detentos como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Lindemberg Alves, Gil Rugai, inclusive Mizael Bispo.

O pedido para que o vigia deixasse a prisão foi feito em outubro de 2021. A defesa alegou que o preso tem bom comportamento, teve dez concessões de saída temporária sempre retornando à prisão e tem 689 dias de remissão de pena com trabalhos enquanto esteve preso. A concessão da progressão de regime foi apoiada pelo Ministério Público.

Na quinta-feira (13), a juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da Vara de Execuções Criminais (VEC), concedeu o regime aberto ao preso. Com a decisão, ele deixa a prisão, mas precisa cumprir uma série de regras fora da prisão.

Na decisão, frisou que Evandro tem bom comportamento e que foi avaliado por psiquiatras e submetido a testes psicológicos que o classificaram como apto a deixar o sistema prisional. “Nada há a desaconselhar a imediata concessão do regime aberto, até porque o reeducando foi beneficiado com onze saídas temporárias e retornou ao estabelecimento prisional, sem qualquer intercorrência, demonstrando interesse no processo de ressocialização”, disse a juíza em trecho da decisão.

A reportagem do g1 acionou a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) que confirmou que Evandro deixou a prisão por volta das 16h30 desta sexta.

Mizael Bispo segue preso na P2 de Tremembé. O ex-policial e advogado chegou a deixar a prisão em 2020, quando recebeu o benefício de prisão domiciliar por causa da pandemia. Ele havia pedido o benefício no início da pandemia alegando ser do grupo de risco da Covid-19 por ter hipertensão e baixa imunidade, por causa de um acidente de trabalho. No entanto, após três meses em casa, o benefício foi revogado pelo justiça e ele segue preso. Mizael cumpre pena em regime semiaberto, sendo beneficiado por saídas temporárias.

Mércia Nakashima e Mizael Souza foram namorados — Foto: Arquivo/Reprodução/TV Globo/Juliana Cardilli/G1

Crime

O caso Mércia Nakashima ficou conhecido em 2010, quando o carro e o corpo da advogada, que haviam desaparecido de Guarulhos, na Grande São Paulo, em 23 de maio daquele ano, foram encontrados, respectivamente, nos dias 10 e 11 de junho dentro de uma represa em Nazaré Paulista.

A vítima tinha sido baleada e morreu afogada. A acusação é a de que o advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza matou a ex-namorada Mércia por ciúmes e vingança por ela não ter reatado o namoro, e de que Evandro o ajudou, levando-o até o local do crime.

Mizael e Evandro foram condenados pelos crimes de homicídio doloso qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa de Mércia. Ela tinha 28 anos.

Mizael cumpre pena de 22 anos e oito meses também em Tremembé. Ele e Evandro negam o crime.

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