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Ex-juiz Sergio Moro testa positivo para covid-19 e desmarca compromissos

                                 Moro é pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos                              -                                 EDUARDO MATYSIAK / AFP
Moro é pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos Imagem: EDUARDO MATYSIAK / AFP

Do UOL, em São Paulo

14/01/2022 17h12

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos), pré-candidato às eleições presidenciais em outubro deste ano, anunciou hoje que testou positivo para covid-19 em mensagem publicada nas redes sociais. Moro, no entanto, ressalta que havia tomado as três doses da vacina e que, por isso, não apresenta sintomas. O pré-candidato diz que irá cumprir os protocolos de isolamento e desmarcou compromissos.

Testei positivo para a Covid. Como havia tomado as três doses de vacina, estou sem sintomas. Vou cumprir os protocolos de isolamento e, por isso, alguns compromissos marcados terão que ser reagendados. A saúde de todos, sempre, em primeiro lugar. Cuidem-se! Sergio Moro, em seu perfil

Após o diagnóstico, Moro desmarcou encontro que teria com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) para tratar da corrida presidencial, segundo o jornal "Folha de S.Paulo".

Além de Moro, outros pré-candidatos à Presidência também já testaram positivo para a covid-19, como o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em novembro, o ex-juiz decidiu se filiar ao Podemos e entrar oficialmente à política durante evento realizado em Brasília. Aos gritos de "Brasil para frente, Moro presidente", Moro promoveu um discurso de possível candidato a presidente.

Pesquisa eleitoral do Instituto Ideia, contratada pela revista Exame e divulgada ontem, mostra Moro com 11% da preferência do eleitorado, atrás do ex-presidente Lula, que tem 41% das intenções de voto, e do presidente Bolsonaro, que possui 24%.

Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (14), o político disse que a sua candidatura é a que tem mais chances de decolar entre os candidatos da terceira via e que não vai desistir de concorrer à presidência da República.

Moro deixou o cargo de ministro da Justiça em 2020 após o presidente Bolsonaro decidir exonerar o então diretor-geral da PF (Polícia Federal) Maurício Valeixo, profissional de confiança do ex-juiz. À época, Moro disse que Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal. O presidente prestou depoimento no início de novembro e negou qualquer interferência no órgão.

Desde então, Moro passou a ser alvo frequente de ataques feitos por bolsonaristas —entre eles, os filhos do presidente Bolsonaro.