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Pfizer anuncia que reforço de vacina tem bons resultados contra ômicron

A farmacêutica ressalta, no entanto, que os dados são ainda preliminares e que deverá anunciar conclusões mais robustas nas próximas semanas

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 dez 2021, 12h07

Nesta quarta-feira 8, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que três doses de sua vacina contra a Covid-19 oferecem proteção significativa contra a variante ômicron do coronavírus. Enquanto testes com sangue de indivíduos que receberam apenas duas doses demonstraram que a produção de anticorpos foi 25% menor quando comparada ao fabricado contra outras cepas, nas amostras extraídas de pessoas que tomaram a injeção de reforço houve produção de anticorpos neutralizantes (têm ação mais focada) contra a ômicron. “Nosso primeiro conjunto de dados preliminares indica que uma terceira dose pode oferecer um nível suficiente de proteção contra doenças de qualquer gravidade causada pela variante ômicron”, disse Ugur Sahin, diretor executivo da BioNTech.

Os testes também sugeriram que as mutações da variante não parecem afetar significativamente as células T – parte importante da resposta do sistema imunológico. Isso quer dizer que “os indivíduos vacinados ainda podem estar protegidos contra as formas graves da doença” após apenas duas doses, disseram as empresas, em comunicado.

Os resultados foram divulgados um dia depois de um relatório preliminar sobre experimentos de laboratório na África do Sul constatarem que a ômicron parecia diminuir o poder da vacina da Pfizer e indicarem que as pessoas que receberam uma injeção de reforço podem estar mais protegidas.

Na semana passada, Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer, declarou que a empresa começou a desenvolver uma versão de sua vacina voltada especificamente para a ômicron no dia 26 de novembro. De acordo com ele, se uma versão diferente da vacina for necessária, a Pfizer poderá produzi-la em 95 dias. “Poderemos mudar a produção durante a noite”, disse. “Não haverá necessidade de começar a produzir novas máquinas, novos equipamentos, novas formulações. Seremos capazes de produzir quase o mesmo número de doses de nossa vacina atual”, acrescentou. Ele reforçou ainda que desde o surgimento da vacina Pfizer-BioNTech, a empresa desenvolveu dois outros protótipos em resposta a novas variantes, mas nenhum dos dois se mostrou necessário porque a vacina original funcionou contra as mutações do vírus.

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Em uma reunião na Casa Branca na terça-feira 7, Anthony Fauci, maior especialista em doenças infecciosas do governo norte-americano, disse que ainda levaria semanas até que os cientistas entendessem quão virulenta é a ômicron. “Não devemos tirar conclusões definitivas, certamente não antes das próximas semanas.” Segundo Fauci, os primeiros relatórios das autoridades médicas sul-africanas apresentaram um quadro um tanto esperançoso do impacto da nova cepa. “Não estamos observando um perfil muito grave da doença”, declarou Fauci, acrescentando que o tempo de internação hospitalar foi mais curto e os pacientes necessitaram de menos oxigênio. “Pode ser, e sublinho que pode, ser menos grave, conforme mostrado pela proporção de hospitalizações por número de novos casos.”

Ele também alertou que os dados são preliminares e podem ser influenciados por uma proporção maior de jovens infectados. Observou ainda que a África do Sul tem uma população menos vacinada do que os Estados Unidos, e uma porcentagem maior de indivíduos infectados pelo HIV, o que pode prejudicar o sistema imunológico.

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